Grande mérito da atual gestão é manter diretriz econômica, diz Meirelles
Em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), secretário de Fazenda de São Paulo disse que políticas de Paulo Guedes são de continuidade
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de outubro de 2019 às 14h32.
Última atualização em 14 de outubro de 2019 às 16h28.
São Paulo — O secretário de Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles , disse nesta segunda-feira que vê problemas de execução na agenda econômica do governo federal, embora defenda que a política econômica esteja no caminho certo.
Meirelles fez esta ponderação durante entrevista que concedeu a jornalistas nesta segunda-feira, 14, após ter participado de Almoço-Debate promovido em São Paulo pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
Para ele, a política econômica definida pelo governo federal, que na verdade é um prosseguimento da política do governo anterior, está correta. "A agenda do governo federal está certíssima", diz ele. "No entanto, a execução é um problema. A dificuldade toda é que cada um tem sua opinião", criticou Meirelles.
"A boa estratégia, a estratégia correta, significa 50% do caminho. O restante chama-se implementação. A boa estratégia sozinha não resolve o problema. Esse é o grande problema que vivemos no Brasil hoje e esperemos que melhore no próximo ano", disse Meirelles, para quem a economia brasileira tem condições de crescer acima de 2% para os próximos anos se as reformas forem aprovadas.
Meirelles reiterou que a reforma tributária é importante para simplificar os impostos e que a reforma administrativa vai contribuir para reduzir os gastos da máquina pública. O secretário destacou o ponto da reforma tributária que determina a cobrança do imposto no destino. Isso, de acordo com ele, vai acabar com guerra fiscal entre os Estados.
Perguntado sobre a possibilidade de a reforma tributária ir para o fim da fila, com a administrativa podendo ser colocada na frente, algo que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tem ventilado, Meirelles respondeu que, se já tiver uma reforma administrativa pronta, não vê problemas em que ela seja colocada na frente por se tratar também de uma reforma necessária.