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Governo tem que mitigar alta volatilidade no câmbio, diz presidente do BNDES

“A caixa de ferramentas nem foi mobilizada ainda”, disse Luciano Coutinho sobre a crise internacional

Luciano Coutinho, do BNDES: “Não estamos em processo de fazer um mega empréstimo para a Vale, ela não precisa" (Divulgação/BNDES)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 13h44.

São Paulo - Para o presidente do BNDES , Luciano Coutinho, o governo tem que mitigar a alta volatilidade no câmbio . “Nessa semana quando o câmbio, em um dia, deu uma forte desvalorizada e bateu em R$ 2,10, o Banco Central entrou e mitigou a excessiva volatilidade’, afirmou durante evento em São Paulo.

“O câmbio hoje é mais condizente com a competitividade”, afirmou.  Segundo o presidente do BNDES, faz parte de qualquer boa politica de flutuação cambial evitar volatilidade excessiva e isso é feito por todos os bancos centrais. “São políticas de câmbio flutuante com mitigação de volatilidade excessiva, isso que o Banco Central do Brasil fez nessa semana”, disse.

Crise internacional

Para Coutinho, o governo brasileiro tem amplas condições de passar pela atual crise internacional. “A caixa de ferramentas nem foi mobilizada ainda”, afirmou. Segundo Coutinho, a turbulência vinda da Europa pode até ficar mais forte, mas ainda assim o Brasil teria condições de manter sua economia crescendo e até acelerar um pouco. “Temos todas as condições de sustentar o ciclo de crescimento da economia”, disse.

“É normal, sempre que você tem um indício de maior turbulência externa as empresas puxam o freio de mão, tanto no investimento quanto na inovação”, afirmou Coutinho. O presidente destacou que apesar dessas turbulências internacionais os planos dos investimentos de das empresas estão se mantendo, no Brasil. “No nosso radar vemos o aumento de investimentos de pelo menos 5% ao ano nos próximos anos. Entendemos que esse crescimento precisa ser robustecido”, disse.

Nesse ano, os investimentos devem crescer mais do que o esperado pelo mercado, segundo o presidente. Os investiemntos do BNDES devem chegar perto de 150 bilhões de reais, segundo Coutinho.

Vale

“Não estamos em processo de fazer um mega empréstimo para a Vale, ela não precisa. O limite que ela tem com o Banco ainda tem folga”, afirmou Coutinho sobre a recente autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que o BNDES realizasse empréstimos para a mineradora Vale acima dos 25% do patrimônio de referência do banco de fomento. “Essas medidas ampliam um pouco a flexibilidade mas não é nada extraordinário”, afirmou Coutinho.


Debêntures de infraestrutura

As debêntures de infraestrutura vão ajudar a tirar pressão do BNDES, segundo Coutinho. A ideia do banco é, em um futuro próximo, sempre que existirem grandes projetos de infraestrutura, combinar o crédito do BNDES em uma escala menor para abrir espaço para as debêntures de infraestrutura levarem o mercado a investir junto. “Por isso a gente remove a pressão do BNDES e traz mais recursos do mercado”, disse.

Coutinho participou hoje de uma reunião com empresários sobre inovação na sede da CNI, em São Paulo.

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São Paulo - Para o presidente do BNDES , Luciano Coutinho, o governo tem que mitigar a alta volatilidade no câmbio . “Nessa semana quando o câmbio, em um dia, deu uma forte desvalorizada e bateu em R$ 2,10, o Banco Central entrou e mitigou a excessiva volatilidade’, afirmou durante evento em São Paulo.

“O câmbio hoje é mais condizente com a competitividade”, afirmou.  Segundo o presidente do BNDES, faz parte de qualquer boa politica de flutuação cambial evitar volatilidade excessiva e isso é feito por todos os bancos centrais. “São políticas de câmbio flutuante com mitigação de volatilidade excessiva, isso que o Banco Central do Brasil fez nessa semana”, disse.

Crise internacional

Para Coutinho, o governo brasileiro tem amplas condições de passar pela atual crise internacional. “A caixa de ferramentas nem foi mobilizada ainda”, afirmou. Segundo Coutinho, a turbulência vinda da Europa pode até ficar mais forte, mas ainda assim o Brasil teria condições de manter sua economia crescendo e até acelerar um pouco. “Temos todas as condições de sustentar o ciclo de crescimento da economia”, disse.

“É normal, sempre que você tem um indício de maior turbulência externa as empresas puxam o freio de mão, tanto no investimento quanto na inovação”, afirmou Coutinho. O presidente destacou que apesar dessas turbulências internacionais os planos dos investimentos de das empresas estão se mantendo, no Brasil. “No nosso radar vemos o aumento de investimentos de pelo menos 5% ao ano nos próximos anos. Entendemos que esse crescimento precisa ser robustecido”, disse.

Nesse ano, os investimentos devem crescer mais do que o esperado pelo mercado, segundo o presidente. Os investiemntos do BNDES devem chegar perto de 150 bilhões de reais, segundo Coutinho.

Vale

“Não estamos em processo de fazer um mega empréstimo para a Vale, ela não precisa. O limite que ela tem com o Banco ainda tem folga”, afirmou Coutinho sobre a recente autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que o BNDES realizasse empréstimos para a mineradora Vale acima dos 25% do patrimônio de referência do banco de fomento. “Essas medidas ampliam um pouco a flexibilidade mas não é nada extraordinário”, afirmou Coutinho.


Debêntures de infraestrutura

As debêntures de infraestrutura vão ajudar a tirar pressão do BNDES, segundo Coutinho. A ideia do banco é, em um futuro próximo, sempre que existirem grandes projetos de infraestrutura, combinar o crédito do BNDES em uma escala menor para abrir espaço para as debêntures de infraestrutura levarem o mercado a investir junto. “Por isso a gente remove a pressão do BNDES e traz mais recursos do mercado”, disse.

Coutinho participou hoje de uma reunião com empresários sobre inovação na sede da CNI, em São Paulo.

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