Economia

Governadores apresentarão pontos para alteração na reforma, diz Witzel

Os governadores vão consultar os parlamentares de seus estados sobre os pontos que eles defenderão no Congresso

Witzel: "A União não pode resolver o problema dela e deixar Estados e municípios sem soluções nos problemas financeiros." (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Witzel: "A União não pode resolver o problema dela e deixar Estados e municípios sem soluções nos problemas financeiros." (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de abril de 2019 às 14h47.

Brasília — Após reunião com representantes de 24 Estados, entre governadores e vice-governadores, em Brasília, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), anunciou que o grupo irá se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado no próximo dia 8 para apresentar pontos que possam ser discutidos na comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, a ser instalada após a votação do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Ainda não há consenso sobre quais pontos os governadores defenderão no Congresso. Para isso, eles iriam consultar as bancadas de parlamentares. "Cada governador deve fazer o dever de casa naquilo que é consenso", disse.

Ele citou como exemplo o grupo do Nordeste, que defende retirar da proposta mudanças no Benefício de Prestação Continua (BPC), na aposentadoria rural e o modelo de capitalização. "Em que pese no Sul e no Sudeste termos apoiado a reforma, não posso dizer que as bancadas vão aprovar a capitalização", declarou.

Assim como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Witzel apontou que o apoio para a reforma da Previdência depende da ajuda financeira do governo federal aos Estados.

"Nós queremos fazer tudo de forma a uma ajuda mútua", disse o governador do Rio. "A União não pode resolver o problema dela e deixar Estados e municípios sem soluções nos problemas financeiros."

Ele ainda afirmou que o governo não ter apresentado os dados detalhados da reforma neste momento "dificulta" a aprovação do projeto. O grupo fará um apelo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo a divulgação das informações.

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