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França será primeira a adotar imposto sobre transações financeiras

'É incontestável que, se esperamos um consenso mundial, esta taxa não terá. Há países que devem tomar a iniciativa' defendeu o minstro de Finanças, François Baroin

François Baroin, ministro de Finanças francês, quer o imposto no país (Franck Prevel/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 16h42.

Paris - O ministro de Finanças francês, François Baroin, anunciou nesta terça-feira que seu país será o primeiro a aplicar durante este ano o imposto sobre as transações financeiras, a chamada taxa Tobin, com o objetivo de que os outros estados europeus sigam a medida.

'É incontestável que, se esperamos um consenso mundial, esta taxa não terá. Há países que devem tomar a iniciativa', ressaltou Baroin na sessão de controle do Governo na Assembleia Nacional.

Ele afirmou que a ' França será o primeiro país a aplicar esta taxa durante 2012' com 'juros baixos e uma base tributável ampla', após lembrar que Paris trabalha junto com Berlim para aplicar iniciativas e 'em paralelo com a proposta da Comissão Europeia' que adotou um projeto de direção em setembro.

Baroin justificou a criação desse imposto sobre as transações por razões 'orçamentárias, econômicas e morais': 'é moral pedir ao setor financeiro, que tem uma parte da responsabilidade na crise, apresentar uma contribuição', que será coordenada em 'nível europeu'.

Em resposta àqueles que advertem que uma iniciada unilateral seria catastrófica para a França, em particular ao setor financeiro do país e aos empresários em geral, que temem um deslocamento do negócio ao exterior - o ministro o negou citando um exemplo.

Ele fez referência à iniciativa do presidente francês anterior, Jacques Chirac, de impor bilhetes de avião com um encargo para financiar remédios para os países pobres, iniciativa que a França liderou, e que apesar das críticas de alguns, 'foi um êxito'.

'Esse mesmo espírito nos encoraja com a taxa sobre as transações financeiras', acrescentou Baroin.

A ministra do Orçamento francesa, Valérie Pécresse, também afirmou nesta terça-feira que seu país quer atuar com uma missão avançada e promover a taxa sobre as transações financeiras para que seja aplicada em escala europeia, que é a única que faria sentido.

'Essa taxa só fará sentido se for aplicada na Europa', reconheceu a ministra em entrevista à rede de televisão 'France 2'. 'Estamos reunindo nossos parceiros sobre a necessidade desse imposto', disse.

'Nosso desejo é sermos os promotores, porque a França deve dar um empurrão nesta iniciativa' que é justificada para 'moralizar o capitalismo' e 'frear a especulação', argumentou a titular do Orçamento.

Em seu encontro na segunda-feira em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, reiterou sua intenção de que seu pais siga com a aplicação desta taxa, mas sempre com o objetivo de levar para toda a Europa: 'minha convicção é de que, se não dermos o exemplo, a medida não vai acontecer. A ideia da França é aplicar o projeto de direção da Comissão', explicou.

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Paris - O ministro de Finanças francês, François Baroin, anunciou nesta terça-feira que seu país será o primeiro a aplicar durante este ano o imposto sobre as transações financeiras, a chamada taxa Tobin, com o objetivo de que os outros estados europeus sigam a medida.

'É incontestável que, se esperamos um consenso mundial, esta taxa não terá. Há países que devem tomar a iniciativa', ressaltou Baroin na sessão de controle do Governo na Assembleia Nacional.

Ele afirmou que a ' França será o primeiro país a aplicar esta taxa durante 2012' com 'juros baixos e uma base tributável ampla', após lembrar que Paris trabalha junto com Berlim para aplicar iniciativas e 'em paralelo com a proposta da Comissão Europeia' que adotou um projeto de direção em setembro.

Baroin justificou a criação desse imposto sobre as transações por razões 'orçamentárias, econômicas e morais': 'é moral pedir ao setor financeiro, que tem uma parte da responsabilidade na crise, apresentar uma contribuição', que será coordenada em 'nível europeu'.

Em resposta àqueles que advertem que uma iniciada unilateral seria catastrófica para a França, em particular ao setor financeiro do país e aos empresários em geral, que temem um deslocamento do negócio ao exterior - o ministro o negou citando um exemplo.

Ele fez referência à iniciativa do presidente francês anterior, Jacques Chirac, de impor bilhetes de avião com um encargo para financiar remédios para os países pobres, iniciativa que a França liderou, e que apesar das críticas de alguns, 'foi um êxito'.

'Esse mesmo espírito nos encoraja com a taxa sobre as transações financeiras', acrescentou Baroin.

A ministra do Orçamento francesa, Valérie Pécresse, também afirmou nesta terça-feira que seu país quer atuar com uma missão avançada e promover a taxa sobre as transações financeiras para que seja aplicada em escala europeia, que é a única que faria sentido.

'Essa taxa só fará sentido se for aplicada na Europa', reconheceu a ministra em entrevista à rede de televisão 'France 2'. 'Estamos reunindo nossos parceiros sobre a necessidade desse imposto', disse.

'Nosso desejo é sermos os promotores, porque a França deve dar um empurrão nesta iniciativa' que é justificada para 'moralizar o capitalismo' e 'frear a especulação', argumentou a titular do Orçamento.

Em seu encontro na segunda-feira em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, reiterou sua intenção de que seu pais siga com a aplicação desta taxa, mas sempre com o objetivo de levar para toda a Europa: 'minha convicção é de que, se não dermos o exemplo, a medida não vai acontecer. A ideia da França é aplicar o projeto de direção da Comissão', explicou.

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