Fraga e ex-presidente do BC dos EUA defedem autonomia
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga voltou a defender o modelo autônomo para o Banco Central. Fraga disse que o BC precisa continuar a trabalhar com clareza operacional porque isso significa transparência. Ele parabenizou seu sucessor, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por sua atuação com transparência e firmeza no período difícil que […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga voltou a defender o modelo autônomo para o Banco Central. Fraga disse que o BC precisa continuar a trabalhar com clareza operacional porque isso significa transparência. Ele parabenizou seu sucessor, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por sua atuação com transparência e firmeza no período difícil que é o início de governo. Para Fraga, o sistema de metas de inflação significa ter objetivo transparente e não absolutamente rígidos.
Um banco central independente também é a condição fundamental para o aumento de credibilidade na opinião do ex-presidente do Banco Central americano Paul Volcker. Para ele, o clima macroeconômico positivo já está instalado, mas que para o Brasil aumentar sua credibilidade deve ter um Banco Central independente, deixar "o abrigo psicológico do FMI" e diminuir a desindexação da dívida.
Volcker afirma também que o país vive uma oportunidade para dar certo, mas que está longe de ter uma estabilidade definitiva. Apesar dele reconhecer que a inflação do Brasil caiu, que o real está mais forte e que o Banco Central baixou as taxas de juros, mas salientou que ainda é cedo para comemorar. Isso porque a taxa Selic ainda está muito elevada e há pouco crescimento no Brasil.
O ex-presidente do BC norte-americano disse ainda que o Brasil não pode liderar a América Latina e até mesmo o Mercosul sem ter uma moeda forte. Ele participou em São Paulo do seminário Política Monetária, Inflação e Crescimento Econômico, promovido pelo Banco Pactual.