Exame Logo

FMI vê como 'urgente' que EUA tenham acordo no teto da dívida e alerta para efeitos globais

Porta-voz do FMI, Julie Kozack alertou nesta quinta-feira, 11, em entrevista coletiva que haveria "efeitos muito negativos", para os EUA

Kozack foi questionada também sobre turbulências recentes em bancos regionais americanos (Yuri Gripas/Reuters)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 11 de maio de 2023 às 14h31.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou o fato de que as discussões sobre a elevação do teto da dívida entre políticos nos Estados Unidos ocorrem "em um momento muito difícil para a economia global".

Porta-voz do FMI, Julie Kozack alertou nesta quinta-feira, 11, em entrevista coletiva que haveria "efeitos muito negativos", para os EUA, mas também para a economia global caso ocorra um default da dívida americana como resultado do impasse entre o governo do presidente Joe Biden e a oposição republicana no Congresso. Ela enfatizou que seria "urgente" haver uma solução nesse tema.

Veja também

Juros mais altos

A porta-voz disse que uma das repercussões potenciais do impasse seriam juros mais altos, bem como maior instabilidade, com repercussões na economia global, que "poderiam incluir custos mais altos de empréstimos". E recordou que há países, sobretudo com vulnerabilidades na dívida, que já enfrentam quadro mais delicado com o aperto monetário global. "Pedimos que todos os lados se reúnam e trabalhem para resolver a questão o mais rápido possível", disse.

Kozack foi questionada também sobre turbulências recentes em bancos regionais americanos. Ela recordou que a transição para juros mais altos "ocorreu muito rápido, o que tem exposto algumas vulnerabilidades em bancos, particularmente nos EUA".

Segundo ela, as autoridades têm adotado medidas "bem-vindas" para controlar o quadro. Mas a porta-voz complementou que "é preciso seguir vigilante sobre o tema, nesse ambiente de juros altos".

Moedas digitais

Em outro momento, a porta-voz foi questionada sobre a eventual emissão de moedas digitais de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês). Ela afirmou que essa decisão é "muito específica de cada país", mas também notou que "pode haver benefícios para alguns países" na adoção desse instrumento.

Já sobre criptomoedas,ela lembrou que o FMI não apoia o uso por países dessa alternativa como moeda de curto legal. O Fundo analisou a questão no ano passado, recordou. "Isso é diferente de meios digitais de pagamentos", ou de almejar "meios eficazes para pagamentos digitais", explicou.

Acompanhe tudo sobre:Joe BidenFMIEstados Unidos (EUA)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame