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De olho em China, EUA e Brexit, FMI diz que crescimento global será menor

Economia global deve crescer 3,3 por cento neste ano, a expansão mais lenta desde 2016

Brexit: FMI cortou nesta terça-feira sua estimativa para o crescimento econômico global em 2019 (Hannibal Hanschke/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2019 às 10h43.

Última atualização em 9 de abril de 2019 às 15h08.

Washington — O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta terça-feira sua estimativa para o crescimento econômico global em 2019 e alertou que a expansão pode desacelerar ainda mais devido às tensões sobre comércio e a uma saída potencialmente desordenada do Reino Unido da União Europeia.

Em sua terceira redução desde outubro, o fundo disse que algumas das principais economias, incluindo China e Alemanha, podem precisar adotar ações no curto prazo para impulsionar o crescimento.

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O FMI disse que ainda espera que uma forte desaceleração na Europa e em alguns mercados emergentes dê espaço a uma retomada da aceleração de forma geral no segundo semestre de 2019.

"Entretanto, a possibilidade de mais revisões para baixo é alta, e o balanço de riscos permanece voltado para baixo", disse o Fundo em seu relatório Perspectiva Econômica Global para as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial em Washington nesta semana.

A economia global deve crescer 3,3 por cento neste ano, a expansão mais lenta desde 2016, disse o FMI em uma previsão que representou redução de 0,2 ponto percentual sobre a estimativa de janeiro.

A taxa de crescimento estimada para o próximo ano permaneceu em 3,6 por cento.

América Latina

A economia da América Latina crescerá 1,4% em 2019 e 2,4% em 2020, segundo o levantamento. O resultado é seis décimos e um décimo a menos do que a estimativa divulgada em janeiro, respectivamente, por conta da piora das previsões para Brasil e México e pelo aprofundamento da crise venezuelana.

De acordo com o relatório, as previsões indicam que o México crescerá 1,6% neste ano e 1,9% em 2020, cinco e três décimos a menos do que o calculado anteriormente, devido à incerteza provocada por algumas políticas do novo governo liderado pelo presidente Andrés Manuel López Obrador.

O Brasil, por sua vez, continuará sua "recuperação gradual" com uma expansão de 2,1% neste ano, quatro décimos a menos do que o previsto, e de 2,5% em 2020, três a mais do que o estimado em janeiro.

Já o colapso econômico na Venezuela segue piorando e o FMI calcula que o PIB cairá 25% em 2019, sete décimos a mais do que o previsto em janeiro.

Sobre a Argentina, o FMI mudou na sexta-feira passada as perspectivas de recessão para 1,2% para 2019, em comparação com a queda de 1,7% calculada há três meses, mas piorou a previsão da inflação para 30% no final deste ano.

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