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FMI apoia medidas tomadas pelo Banco Central da Argentina

O Fundo Monetário Internacional acenou de forma positiva à intervenção no mercado cambial na Argentina

Argentina: no ano passado, o FMI fez um acordo com o governo Macri para um empréstimo de US$ 56,3 bilhões (Gabriel Rossi/LatinContent/Getty Images)
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EFE

Publicado em 29 de abril de 2019 às 13h42.

Washington — O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) se mostrou favorável às medidas de intervenção no mercado cambial anunciadas nesta segunda-feira pelo Banco Central da República Argentina (BCRA) para "reduzir mais agressivamente a quantidade de pesos".

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"O Banco Central da Argentina introduziu hoje medidas importantes para abordar a recente volatilidade do mercado financeiro e da taxa de câmbio. Apoiamos essas medidas, que estão bem calibradas para os desafios que a Argentina enfrenta", disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice, no Twitter.

A instituição multilateral acompanha de perto os passos das autoridades argentinas para que o país possa sair da crise econômica, depois que o FMI estabeleceu no ano passado com o governo do presidente Mauricio Macri um crédito que chega a US$ 56,3 bilhões.

De acordo com um comunicado emitido nesta segunda-feira pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do BCRA, a entidade financeira poderá vender dólares "mesmo se a taxa de câmbio ficar abaixo (do teto) de 51,448 pesos", com um montante e frequência que dependerá "da dinâmica do mercado".

O montante de pesos resultantes dessas vendas será descontado da meta de base monetária.

Além disso, o COPOM confirmou que não comprará divisas até junho de 2019 se a taxa de câmbio estiver abaixo dos 39,755 pesos por dólar.

Essas medidas foram tomadas com o objetivo de reduzir a quantidade de pesos e melhorar o funcionamento do mercado de câmbio.

Assim, o BCRA modifica a política que adotou em outubro na qual estabelecia uma zona de intervenção e não-intervenção no mercado de câmbio, dando início a um esquema regido por margens ao crescimento da base monetária, em parte induzido pelo acordo alcançado com o FMI que estabelecia limites à intervenção cambial.

O anúncio acontece após uma semana na qual a desvalorização do peso argentino frente ao dólar se agravou. Durante o ano de 2018, a moeda americana acumulou um aumento de 104% e, no decorrer deste ano, a alta acumulada é de 18,9%

Caso a taxa de câmbio supere o teto de 51,448 pesos por dólar, o BCRA aumentará de US$ 150 milhões para US$ 250 milhões o montante de venda diário e, além disso, se reserva a opção de realizar "intervenções adicionais para resistir a episódios de excessiva volatilidade se considerar necessário".

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