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Fluxo cambial fica negativo em US$12,261 bi em 2013

Resultado é o pior desde 2012

Notas de dólar: saídas de recursos devem continuar e colocar mais pressão sobre a cotação do dólar em relação ao real (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 13h05.

São Paulo - O fluxo cambial, entrada e saída de moeda estrangeira do país, registrou déficit de 12,261 bilhões de dólares em 2013, o pior resultado em mais de uma década, num sinal de que as saídas de recursos devem continuar e colocar mais pressão sobre a cotação do dólar em relação ao real.

O resultado negativo do ano passado, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira, é o pior desde 2002, quando o saldo foi negativo em 12,989 bilhões de dólares, e foi afetado pelo forte déficit na conta financeira --por onde passam os investimentos estrangeiros diretos e em portfólio, entre outros--, de 23,396 bilhões de dólares no período. Só em dezembro, houve saldo negativo de 6,898 bilhões de dólares.

Já a conta comercial registrou, segundo o BC, entrada líquida de 11,136 bilhões de dólares no ano passado, com o resultado de dezembro ficando negativo em 1,881 bilhão de dólares.

O desempenho global do ano passado também é o primeiro negativo desde 2008, no auge da crise financeira global.

"O cenário internacional está mais complexo para o Brasil e para todos os países emergentes. Isso não significa uma fuga de capitais e não é esse o cenário adiante para o país, mas uma saída persistente a moderada", afirmou o economista da Rosenberg & Associados Rafael Bistafa.

O déficit no fluxo cambial de 2013 coincide com a forte valorização do dólar no Brasil, que acumulou alta de 15,11 por cento ante o real, diante do crescente pessimismo de investidores com o desempenho da economia brasileira e da possibilidade de mudança no programa de estímulos do Federal Reserve.


Em maio, o Fed deu os primeiros sinais de que poderia reduzir sua compra mensal de ativos de 85 bilhões de dólares, o que reduziria a liquidez internacional. O anúncio efetivo de corte aconteceu somente em dezembro, o que deixou os mercados nervosos durante todos esses meses.

Diante desse cenário, o BC iniciou em agosto passado forte programa de intervenção cambial através de leilões de contratos de swaps cambiais e de venda de dólares com compromisso de recompra.

O BC informou também que os bancos encerraram dezembro com posição cambial vendida de 18,124 bilhões de dólares, maior do que os 13,608 bilhões de dólares vistos em 16 de dezembro passado.

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São Paulo - O fluxo cambial, entrada e saída de moeda estrangeira do país, registrou déficit de 12,261 bilhões de dólares em 2013, o pior resultado em mais de uma década, num sinal de que as saídas de recursos devem continuar e colocar mais pressão sobre a cotação do dólar em relação ao real.

O resultado negativo do ano passado, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira, é o pior desde 2002, quando o saldo foi negativo em 12,989 bilhões de dólares, e foi afetado pelo forte déficit na conta financeira --por onde passam os investimentos estrangeiros diretos e em portfólio, entre outros--, de 23,396 bilhões de dólares no período. Só em dezembro, houve saldo negativo de 6,898 bilhões de dólares.

Já a conta comercial registrou, segundo o BC, entrada líquida de 11,136 bilhões de dólares no ano passado, com o resultado de dezembro ficando negativo em 1,881 bilhão de dólares.

O desempenho global do ano passado também é o primeiro negativo desde 2008, no auge da crise financeira global.

"O cenário internacional está mais complexo para o Brasil e para todos os países emergentes. Isso não significa uma fuga de capitais e não é esse o cenário adiante para o país, mas uma saída persistente a moderada", afirmou o economista da Rosenberg & Associados Rafael Bistafa.

O déficit no fluxo cambial de 2013 coincide com a forte valorização do dólar no Brasil, que acumulou alta de 15,11 por cento ante o real, diante do crescente pessimismo de investidores com o desempenho da economia brasileira e da possibilidade de mudança no programa de estímulos do Federal Reserve.


Em maio, o Fed deu os primeiros sinais de que poderia reduzir sua compra mensal de ativos de 85 bilhões de dólares, o que reduziria a liquidez internacional. O anúncio efetivo de corte aconteceu somente em dezembro, o que deixou os mercados nervosos durante todos esses meses.

Diante desse cenário, o BC iniciou em agosto passado forte programa de intervenção cambial através de leilões de contratos de swaps cambiais e de venda de dólares com compromisso de recompra.

O BC informou também que os bancos encerraram dezembro com posição cambial vendida de 18,124 bilhões de dólares, maior do que os 13,608 bilhões de dólares vistos em 16 de dezembro passado.

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