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FHC diz que inflação já mexe no bolso da população

Um dos motes da campanha tucana deste ano é justamente mostrar que governo FHC foi responsável por controlar inflação e que índice voltou a sair do controle

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 16h27.

São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta terça-feira, 13, que a população vive um clima de rancor no Brasil porque há um conjunto de fatores que torna a vida cotidiana mais difícil.

Mesmo evitando responsabilizar um determinado governo, o ex-presidente tucano fez uma crítica à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), dizendo que "a inflação começa a mexer no bolso".

Um dos motes da campanha presidencial tucana deste ano, capitaneada pelo senador mineiro Aécio Neves, é justamente mostrar que o governo FHC foi o responsável pelo controle da inflação e que este índice voltou a sair do controle na atual gestão petista.

Ao listar outros fatores que, no seu entender, estão tornando difícil a vida da população, FHC citou ainda a falta de soluções para a mobilidade urbana, com os problemas no trânsito.

E disse que a insegurança e a falta de perspectivas também estão presentes e produzindo um fenômeno que, para ele, é desagradável e raro no Brasil: "A raiva".

FHC exemplificou este sentimento com alguns atos de violência que vêm sendo registrados em todo o país.

"É inacreditável o que aconteceu no Rio de Janeiro, de queimarem 400 ônibus na semana passada, não estou dizendo que não tenham razão (para protestar), mas é difícil aceitar isso como um procedimento cotidiano."

O tucano falou também sobre o linchamento de uma mulher no Guarujá (SP), questionando o que está levando algumas pessoas a querer fazer justiça com as próprias mãos.

"São muitos sentimentos desencontrados que estão produzindo o que resumo numa palavra: mal-estar. É o que está acontecendo no Brasil de hoje, um mal-estar", destacou.

Indagado se as eleições presidenciais deste ano seriam um bom mote para mudar esse cenário, ele respondeu: "Eu creio que sim, eu acho que é o momento porque pode haver um debate, desde que seja sério, verdadeiro e discuta estratégias, alternativas, e não simplesmente atacar um ao outro, se este ou aquele roubou. Eu sei que alguns roubaram e têm que ir pra cadeia, mas isso não pode ser o centro da questão".

As afirmações de FHC foram feitas em rápida entrevista coletiva, após evento comemorativo de dez anos de seu instituto, na capital paulista, com os ex-presidentes Felipe González, da Espanha, Ricardo Lagos, do Chile, Julio Sanguinetti, do Uruguai, e Jorge Castañeda, ex-ministro das Relações Exteriores do México.

Venezuela

FHC afirmou também que está ocorrendo um ataque à democracia na América Latina, falando especificamente da Venezuela.

"Na Venezuela, obviamente, está existindo um ataque à democracia." E ponderou que democracia não é só o voto.

"(Democracia) é você não usar a máquina para fazer pressão e não ter abuso do poder econômico. São muitos fatores e precisa de melhor educação."

Ao falar sobre a Venezuela, FHC frisou que "é escandaloso que não haja uma reação maior ao que ocorre" naquele país.

E disse que o desafio dos países da América Latina, inclusive na democracia, "é passar da quantidade para a qualidade, não é só ter voto, é ver o resultado deste voto, para que isso resulte em bons governos".

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Mesmo evitando responsabilizar um determinado governo, o ex-presidente tucano fez uma crítica à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), dizendo que "a inflação começa a mexer no bolso".

Um dos motes da campanha presidencial tucana deste ano, capitaneada pelo senador mineiro Aécio Neves, é justamente mostrar que o governo FHC foi o responsável pelo controle da inflação e que este índice voltou a sair do controle na atual gestão petista.

Ao listar outros fatores que, no seu entender, estão tornando difícil a vida da população, FHC citou ainda a falta de soluções para a mobilidade urbana, com os problemas no trânsito.

E disse que a insegurança e a falta de perspectivas também estão presentes e produzindo um fenômeno que, para ele, é desagradável e raro no Brasil: "A raiva".

FHC exemplificou este sentimento com alguns atos de violência que vêm sendo registrados em todo o país.

"É inacreditável o que aconteceu no Rio de Janeiro, de queimarem 400 ônibus na semana passada, não estou dizendo que não tenham razão (para protestar), mas é difícil aceitar isso como um procedimento cotidiano."

O tucano falou também sobre o linchamento de uma mulher no Guarujá (SP), questionando o que está levando algumas pessoas a querer fazer justiça com as próprias mãos.

"São muitos sentimentos desencontrados que estão produzindo o que resumo numa palavra: mal-estar. É o que está acontecendo no Brasil de hoje, um mal-estar", destacou.

Indagado se as eleições presidenciais deste ano seriam um bom mote para mudar esse cenário, ele respondeu: "Eu creio que sim, eu acho que é o momento porque pode haver um debate, desde que seja sério, verdadeiro e discuta estratégias, alternativas, e não simplesmente atacar um ao outro, se este ou aquele roubou. Eu sei que alguns roubaram e têm que ir pra cadeia, mas isso não pode ser o centro da questão".

As afirmações de FHC foram feitas em rápida entrevista coletiva, após evento comemorativo de dez anos de seu instituto, na capital paulista, com os ex-presidentes Felipe González, da Espanha, Ricardo Lagos, do Chile, Julio Sanguinetti, do Uruguai, e Jorge Castañeda, ex-ministro das Relações Exteriores do México.

Venezuela

FHC afirmou também que está ocorrendo um ataque à democracia na América Latina, falando especificamente da Venezuela.

"Na Venezuela, obviamente, está existindo um ataque à democracia." E ponderou que democracia não é só o voto.

"(Democracia) é você não usar a máquina para fazer pressão e não ter abuso do poder econômico. São muitos fatores e precisa de melhor educação."

Ao falar sobre a Venezuela, FHC frisou que "é escandaloso que não haja uma reação maior ao que ocorre" naquele país.

E disse que o desafio dos países da América Latina, inclusive na democracia, "é passar da quantidade para a qualidade, não é só ter voto, é ver o resultado deste voto, para que isso resulte em bons governos".

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