Economia

Fed vai manter estímulos à economia norte-americana até 2014

Ministro da Fazenda, Guido Mantega em discuso fez questão de lembrar a situação da economia dos Estados Unidos e as consequências para a política monetária


	Guido Mantega: avaliação foi feita hoje,9 pelo ministro da Fazenda prevê a manutenção dos incentivos econômicos até o próximo ano
 (Wilson Dias/ABr)

Guido Mantega: avaliação foi feita hoje,9 pelo ministro da Fazenda prevê a manutenção dos incentivos econômicos até o próximo ano (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 11h39.

Brasília - O baixo crescimento da economia norte-americana deverá adiar a “desativação dos estímulos" dados pelo governo Barack Obama, e não a indicação da nova presidenta do Federal Reserve (Fed) - o Banco Central dos Estados Unidos - a economista Janet Yellen.

A avaliação foi feita hoje (9) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prevê a manutenção dos incentivos econômicos até o próximo ano.

O ministro admitiu que não ouviu pronunciamento da indicada por Obama, mas fez questão de lembrar a situação da economia dos Estados Unidos e as consequências para a política monetária.

“O que vai adiar a desativação dos estímulos é o baixo crescimento da economia americana. A economia americana não tem dado sinais de vigor. Tem crescido abaixo das expectativas. E é isso que vai determinar se haverá continuação dos estímulos. Portanto, acho que está prorrogada a retirada dos estímulos para o próximo ano”, disse.

Janet Yellen, cujo nome foi anunciado ontem por Obama, é a atual vice-presidenta do Fed. Ela sucederá Ben Bernanke, cujo mandato acaba em 31 de janeiro de 2014. A economista é a primeira mulher a ocupar a presidência do Banco Central norte-americano.

No último dia 18, o Fed anunciou que manteria o programa de estímulo à economia que irriga o mercado norte-americano com US$ 85 bilhões, em média, por mês, mas não definiu prazo para continuidade da política.

O mercado financeiro aguardava que o Fed iniciasse a redução desses estímulos. Essa expectativa, nos últimos meses, levou à alta do dólar no Brasil e em outros países.

Com isso, o governo brasileiro adotou, entre outras medidas, as intervenções no mercado de câmbio, para suavizar a alta da moeda. Após a decisão, o dólar recuou, embora acumule alta este ano.

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