Economia

Fed seguirá paciente sobre decisão de novo aumento de juros, diz Powell

Powell também reafirmou a mudança de política monetária feita pelo banco central norte-americano em janeiro

Powell: Crescentes riscos e dados fracos recentes não devem impedir o crescimento sólido da economia dos EUA (Jim Young/Reuters)

Powell: Crescentes riscos e dados fracos recentes não devem impedir o crescimento sólido da economia dos EUA (Jim Young/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 12h26.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 12h36.

Washington - Crescentes riscos e dados fracos recentes não devem impedir o crescimento sólido da economia dos Estados Unidos neste ano, mas o Federal Reserve seguirá "paciente" ao decidir sobre novos aumentos de juros, disse o chair do Fed, Jerome Powell, nesta terça-feira.

Em declaração preparada divulgada antes de uma audiência no Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos, Powell reafirmou a mudança de política monetária feita pelo banco central norte-americano em janeiro, citando "sinais conflitantes" que enfraqueceram as justificativas para novas altas de juros e tornaram uma perspectiva outrora positiva menos certa.

"Vemos as condições econômicas atuais como saudáveis e as perspectivas econômicas como favoráveis", disse Powell no comunicado preparado, projetando que a economia dos EUA em 2019 "expandirá a um ritmo sólido, embora um pouco mais lento que em 2018, e que o mercado de trabalho permanecerá forte."

O Fed estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha vai crescido pouco menos de 3 por cento em 2018. O governo dos EUA vai divulgar na quinta-feira seu relatório do PIB no quarto trimestre, que foi adiado pela recente paralisação parcial do governo dos EUA.

"Alguns dados enfraqueceram, mas ainda apontam para ganhos de gastos neste trimestre", disse Powell, destacando o conjunto de informações às vezes contraditórias com as quais o Fed lidou no final do ano.

Isso inclui uma liquidação do mercado global, temores deguerra comercial entre EUA e China, crescimento lento entre os principais parceiros comerciais dos EUA e preocupações de queo próprio Fed elevaria os juros de forma mais agressiva do que as condições justificam.

Dados recentes de vendas no varejo foram decepcionantes e algumas autoridades do Fed temem que a inflação possa cair, embora Powell tenha dito que o banco central ainda sente que o ritmo dos aumentos permanecerá próximo à sua meta de 2 por cento depois de contabilizar a influência temporária dos preços mais baixos do petróleo.

A recente paralisação do governo, que durou 35 dias, somou-se às preocupações com o crescimento dos EUA, embora Powell tenha dito que a expectativa é de que isso tenha tido um impacto "bastante modesto" na economia como um todo que vai "se desfazer" nas próximas semanas, já que os trabalhadores, por exemplo, recebem pagamento atrasado pelo tempo perdido.

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