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Fed continua comprando US$ 85 bi em títulos por mês

O Fed não deu sinais explícitos de que está pronto para reduzir o programa, apesar de intensa especulação nos mercados de que poderia estar se aproximando do fim

O Fed repetiu nesta quarta-feira que não vai elevar as taxas de juros até que o desemprego atinja 6,5 % ou menos, contanto que a perspectiva de inflação permaneça abaixo de 2,5 % (REUTERS/Larry Downing)
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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 16h26.

Washington - O Federal Reserve , banco central dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira que continuará comprando 85 bilhões de dólares por mês e não deu sinais explícitos de que está pronto para reduzir o programa, apesar de intensa especulação nos mercados de que poderia estar se aproximando do fim.

Descrevendo a economia como em expansão moderada, autoridades do Fed citaram contínua melhora nas condições do mercado de trabalho e sublinhou que a inflação tem rodado abaixo de 2 %, sua meta de longo prazo.

A instituição também reiterou que o desemprego ainda está alto demais para seu conforto, reforçando seu desejo de continuar adquirindo ativos até que a perspectiva do mercado de trabalho melhore significativamente.

"O Comitê vê que os riscos à perspectiva econômica e ao mercado de trabalho diminuíram desde o outono", informou o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) após sua reunião de dois dias.

A presidente do Fed de Kansas City, Esther George, mais uma vez discordou da expansão do apoio do banco central à economia, expressando preocupação diante da possibilidade de que o estímulo possa promover desequilíbrios financeiros e prejudicar sua meta de manter a inflação contida.

Em um desdobramento inesperado, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, também discordou da decisão, porque ele acredita que o Fed deve sinalizar de forma mais forte sua disposição a defender a meta de 2 % para inflação.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, dará entrevista coletiva às 15h30, no horário de Brasília.

O Fed mantém a taxa de juros "overnight" quase zerada desde dezembro de 2008, enquanto mais do que triplicou seu balanço patrimonial, para cerca de 3,3 trilhões de dólares, com suas compras de bônus.

Na atual terceira rodada de "quantitative easing", o banco central compra 40 bilhões de dólares em ativos lastreados em hipotecas e 45 bilhões de dólares em títulos do governo dos EUA de longo prazo por mês.

Economistas esperam que os juros permaneçam baixos até 2015, mas a visão nos mercados financeiros do cronograma da redução dos estímulos havia caminhado para mais perto desde que o chairman do Fed, Ben Bernanke, desencadeou especulações no mês passado de que o banco central pode diminuir em breve o ritmo de aquisições de ativos.


O Fed repetiu nesta quarta-feira que não vai elevar as taxas de juros até que o desemprego atinja 6,5 % ou menos, contanto que a perspectiva de inflação permaneça abaixo de 2,5 %. A taxa de desemprego ficou em 7,6 % em maio.

Em novas projeções trimestrais, 14 dos 19 membros do Fomc disseram não acreditar que seria apropriado elevar os juros até algum momento em 2015.

Três autoridades veem 2014 como o ano em que os juros serão elevados acima de zero, ante 4 membros do Fomc em março. Um membro do comitê continuou a esperar que a primeira alta dos juros ocorra em 2016, e um em 2013.

Em um acentuado rebaixamento, o Fed projetou que o índice de preços PCE, seu termômetro preferido para mediar as pressões inflacionárias que atingem consumidores, avançará apenas 0,8 a 1,2 % neste ano. No entanto, o banco central vê o índice voltando a 1,4 a 2,0 % em 2014 e 1,6 % a 2,0 % em 2015. A meta de inflação do Fed é de 2 %.

Além disso, numa leve melhora em suas projeções, autoridades projetaram que o desemprego fique em média entre 6,5 % e 6,8 % no quarto trimestre próximo ano, e 5,8 % a 6,2 % nos três últimos meses de 2015.

Eles projetaram crescimento econômico dos EUA de entre 3,0 e 3,5 % no próximo ano e 2,9 % e 3,6 % em 2015.

Analistas acreditam que a expansão dos EUA desacelerou um pouco no segundo trimestre deste ano diante do aperto fiscal de cortes de gastos públicos e maiores impostos, e dados econômicos recentes têm sido mistos.

O mercado de trabalho, foco central dos esforços do Fed para promover crescimento, registrou melhora gradual, com 175 mil novos postos de trabalho em maio. Mas manufatureiros dos EUA foram prejudicados pela menor demanda internacional, e a inflação recuou ainda mais para abaixo da meta do Fed, de 2 %.

O índice de preços do consumidor registrou alta de 1,4 % em maio ante o ano anterior. Mas o índice de preços PCE cresceu apenas 0,7 % nos 12 meses até abril, a mais recente leitura.

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Washington - O Federal Reserve , banco central dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira que continuará comprando 85 bilhões de dólares por mês e não deu sinais explícitos de que está pronto para reduzir o programa, apesar de intensa especulação nos mercados de que poderia estar se aproximando do fim.

Descrevendo a economia como em expansão moderada, autoridades do Fed citaram contínua melhora nas condições do mercado de trabalho e sublinhou que a inflação tem rodado abaixo de 2 %, sua meta de longo prazo.

A instituição também reiterou que o desemprego ainda está alto demais para seu conforto, reforçando seu desejo de continuar adquirindo ativos até que a perspectiva do mercado de trabalho melhore significativamente.

"O Comitê vê que os riscos à perspectiva econômica e ao mercado de trabalho diminuíram desde o outono", informou o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) após sua reunião de dois dias.

A presidente do Fed de Kansas City, Esther George, mais uma vez discordou da expansão do apoio do banco central à economia, expressando preocupação diante da possibilidade de que o estímulo possa promover desequilíbrios financeiros e prejudicar sua meta de manter a inflação contida.

Em um desdobramento inesperado, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, também discordou da decisão, porque ele acredita que o Fed deve sinalizar de forma mais forte sua disposição a defender a meta de 2 % para inflação.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, dará entrevista coletiva às 15h30, no horário de Brasília.

O Fed mantém a taxa de juros "overnight" quase zerada desde dezembro de 2008, enquanto mais do que triplicou seu balanço patrimonial, para cerca de 3,3 trilhões de dólares, com suas compras de bônus.

Na atual terceira rodada de "quantitative easing", o banco central compra 40 bilhões de dólares em ativos lastreados em hipotecas e 45 bilhões de dólares em títulos do governo dos EUA de longo prazo por mês.

Economistas esperam que os juros permaneçam baixos até 2015, mas a visão nos mercados financeiros do cronograma da redução dos estímulos havia caminhado para mais perto desde que o chairman do Fed, Ben Bernanke, desencadeou especulações no mês passado de que o banco central pode diminuir em breve o ritmo de aquisições de ativos.


O Fed repetiu nesta quarta-feira que não vai elevar as taxas de juros até que o desemprego atinja 6,5 % ou menos, contanto que a perspectiva de inflação permaneça abaixo de 2,5 %. A taxa de desemprego ficou em 7,6 % em maio.

Em novas projeções trimestrais, 14 dos 19 membros do Fomc disseram não acreditar que seria apropriado elevar os juros até algum momento em 2015.

Três autoridades veem 2014 como o ano em que os juros serão elevados acima de zero, ante 4 membros do Fomc em março. Um membro do comitê continuou a esperar que a primeira alta dos juros ocorra em 2016, e um em 2013.

Em um acentuado rebaixamento, o Fed projetou que o índice de preços PCE, seu termômetro preferido para mediar as pressões inflacionárias que atingem consumidores, avançará apenas 0,8 a 1,2 % neste ano. No entanto, o banco central vê o índice voltando a 1,4 a 2,0 % em 2014 e 1,6 % a 2,0 % em 2015. A meta de inflação do Fed é de 2 %.

Além disso, numa leve melhora em suas projeções, autoridades projetaram que o desemprego fique em média entre 6,5 % e 6,8 % no quarto trimestre próximo ano, e 5,8 % a 6,2 % nos três últimos meses de 2015.

Eles projetaram crescimento econômico dos EUA de entre 3,0 e 3,5 % no próximo ano e 2,9 % e 3,6 % em 2015.

Analistas acreditam que a expansão dos EUA desacelerou um pouco no segundo trimestre deste ano diante do aperto fiscal de cortes de gastos públicos e maiores impostos, e dados econômicos recentes têm sido mistos.

O mercado de trabalho, foco central dos esforços do Fed para promover crescimento, registrou melhora gradual, com 175 mil novos postos de trabalho em maio. Mas manufatureiros dos EUA foram prejudicados pela menor demanda internacional, e a inflação recuou ainda mais para abaixo da meta do Fed, de 2 %.

O índice de preços do consumidor registrou alta de 1,4 % em maio ante o ano anterior. Mas o índice de preços PCE cresceu apenas 0,7 % nos 12 meses até abril, a mais recente leitura.

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