Economia

Faturamento do varejo cai 3% em maio na Grande SP

Pesquisa da Fecomercio afirma que a queda é resultado de uma depreciação gradual do consumo

A elevação das taxas de juros médias cobradas do consumido e o recuo na concessão de créditos derrubaram o faturamento (Creative Commons)

A elevação das taxas de juros médias cobradas do consumido e o recuo na concessão de créditos derrubaram o faturamento (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 14h08.

São Paulo - O comércio varejista da região metropolitana de São Paulo registrou queda de 3% no faturamento em abril, na comparação com março, segundo pesquisa divulgada hoje pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Na avaliação da entidade, a queda resulta de uma depreciação gradual dos fatores que sustentam o consumo.

Entre eles a Fecomercio cita a elevação das taxas de juros médias cobradas do consumidor, o recuo na concessão de créditos e a variação negativa nas massas de rendimento. "Assim, o que se viu em abril foi uma concentração dos gastos em produtos essenciais, fator que influenciou positivamente as vendas nos supermercados, um dos únicos segmentos do comércio varejista a registrar impulso em relação ao mesmo período do ano anterior," avalia a entidade.

Os setores pesquisados pela Fecomercio com maiores quedas no faturamento na comparação de abril com março foram lojas de material de construção (recuo de 35,7%), comércio automotivo (baixa de 18,3%) e lojas de móveis e decorações (queda de 15,4%). No mesmo período, houve alta no faturamento entre as lojas de vestuário, tecidos e calçados (alta de 25,0%), lojas de departamentos (aumento de 12,8%) e supermercados (avanço de 6,8%).

Já na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês de 2010, os maiores recuos no faturamento foram registrados em lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (baixa de 29,7%), materiais de construção (queda de 23,6%) e farmácias e perfumarias (recuo de 9,2%). No mesmo período, as maiores altas ocorreram em supermercados (aumento de 7,9%), comércio automotivo (alta de 3,9%) e lojas de departamento (avanço de 3,3%).

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