Economia

Fator previdenciário não acabou, diz Joaquim Levy

O ministro se recusou a comentar sobre possíveis estimativas de impacto e lembrou que o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado


	O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: as possíveis mudanças precisam ser discutidas em profundidade, olhando os números e o impacto para as contas públicas
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: as possíveis mudanças precisam ser discutidas em profundidade, olhando os números e o impacto para as contas públicas (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 17h41.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira, 14, durante rápida entrevista após participar do Global Summity Women, em São Paulo, que o fator previdenciário não acabou.

O ministro fez esta afirmação ao ser perguntado sobre a votação na Câmara na quarta-feira, 13, em que os deputados acabaram por flexibilizar o mecanismo e facilitar a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.

"O fator previdenciário não acabou. Como disse muito bem (o vice-presidente Michel) Temer, este é um tema que a presidente (Dilma) já havia posto, como outros temas relativos ao trabalho e à atividade sociais, para ser discutido", disse Levy.

No entanto, o ministro disse que é preciso tomar cuidado com projetos que, quando forem votados, criem a necessidade de mais impostos.

"A presidente criou uma comissão com todas as instituições sindicais no dia 1º de maio para tratar todas as questões importantes para o trabalhador, inclusive as diferentes maneiras de se ter acesso à aposentadoria. Uma das quais tem funcionado muito bem no Brasil nos últimos anos é você modular, através de um fator previdenciário. Para mudar isso, tem que ser com bastante estudo", disse.

Ainda de acordo com Levy, as possíveis mudanças precisam ser discutidas em profundidade, olhando os números e o impacto para as contas públicas. Ele se recusou a comentar sobre possíveis estimativas de impacto e lembrou que o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado.

"Nós temos um sistema bicameral e, neste sistema, o Senado revê as medidas, exatamente para ver se há uma necessidade de ter equilíbrio ou não. Acho que não devemos nos pronunciar antes do Senado também fazer a avaliação dele", explicou.

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