Economia

Exportação de carne sobe, mas preço "lá fora" cai pela 1ª vez no ano

Exportações de carne bovina do Brasil em setembro somaram 166,4 mil toneladas

Carne: em receitas, o aumento em base anual é ainda mais expressivo, de 20%, para 6,1 bilhões de dólares (File Photo/Reuters)

Carne: em receitas, o aumento em base anual é ainda mais expressivo, de 20%, para 6,1 bilhões de dólares (File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 12h49.

Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 12h50.

As exportações de carne bovina do Brasil em setembro (in natura e processada) somaram 166,4 mil toneladas, alta de 2% ante mesmo mês de 2019, enquanto a receita atingiu 668,7 milhões de dólares, contra 679,8 milhões de dólares no ano anterior, disse a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta quarta-feira.

"Esta foi a primeira vez que houve queda comparativa nos preços obtidos pela carne bovina brasileira no exterior neste ano. Desde janeiro o setor obteve altas expressivas em dólares que chegaram a atingir 40% de crescimento em junho passado", destacou a entidade em nota.

A associação não detalhou o motivo da queda do preço.

Com base em dados compilados junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a associação disse que as exportações no acumulado do ano registram crescimento de 10% em relação a 2019, com total de 1,46 milhão de toneladas registradas até setembro.

Em receitas, o aumento em base anual é ainda mais expressivo, de 20%, para 6,1 bilhões de dólares, acrescentou a Abrafrigo.

"O principal comprador do produto brasileiro continua sendo a China", destacou, ao apontar que o país e a cidade-Estado de Hong Kong adquiriram 839,1 mil toneladas de carne bovina brasileira até setembro, contra 519,65 no mesmo período de 2019.

As compras chinesas até o momento representam 57,4% do total exportado pelo Brasil, com o país sendo seguido pelo Egito, com 101,4 mil toneladas em 2020, e pelo Chile, com 60 mil toneladas.

A Rússia foi o quarto principal destino da carne bovina brasileira até setembro, com 46,2 mil toneladas, enquanto os Estados Unidos ficaram no quinto lugar, com 40,6 mil toneladas, ainda segundo a associação do setor.

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