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Exportação de aço cresce 31% em volume e 70% em valor, revela IBS

As exportações de aço do Brasil somaram no acumulado de janeiro a junho deste ano 5,958 milhões de toneladas, registrando aumento em volume de 31,2% sobre o mesmo período de 2002 em função da forte queda das vendas para o mercado doméstico e do aumento das exportações, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

As exportações de aço do Brasil somaram no acumulado de janeiro a junho deste ano 5,958 milhões de toneladas, registrando aumento em volume de 31,2% sobre o mesmo período de 2002 em função da forte queda das vendas para o mercado doméstico e do aumento das exportações, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, José Armando de Figueiredo Campos. Já em valores, as exportações do aço brasileiro cresceram 70,3% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, graças principalmente às compras feitas pelo mercado asiático.

De acordo com o balanço divulgado pelo IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), as vendas externas do setor nos primeiros seis meses deste ano subiram para US$ 1,7 bilhão, contra US$ 1,019 bilhão no mesmo período de 2002.

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O setor tem registrado queda contínua na demanda interna por produtos siderúrgicos desde maio, o que levou as usinas a direcionar as vendas para o mercado internacional. As vendas de aços longos, por exemplo, caíram 7,9% entre janeiro e junho. A expectativa de Campos, entretanto, é de que haverá recuperação para alguns setores siderúrgicos a partir de outubro, no mercado interno. O presidente do IBS analisou que dois fatores contribuíram para o aumento das exportações de aço: a elevação dos preços no mercado interno devido à valorização cambial e a melhoria do mix de produtos exportados pelo Brasil.

A produção, que totalizou volume de 15,326 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, cresceu 8,4% sobre o mesmo período do ano passado, com aumento de quase 14% na produção de laminados.

No setor de aços planos, a produção subiu 18,7%, confirmando o que se falava em 2002 que o setor siderúrgico está elevando a oferta de planos no mercado. As vendas de planos, contudo, cresceram apenas 5,6%. Para as distribuidoras, as vendas realizadas nos seis primeiros meses de 2003 sobre o mesmo período de 2002 mostraram incremento de 10,5%, o que confirma a ocorrência de estoques, ou seja, houve compra, mas não aconteceu a revenda.

Barreiras e a exportação

Para Campos, o Brasil não pode aceitar a quebra de regras do comércio internacional. Ele se referiu ao recurso impetrado pelos Estados Unidos contra a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), que considerou uma violação das regras do comércio mundial as tarifas impostas por aquele país no ano passado para limitar a importação de aço. "Se a gente admitir que um país que tem um mercado mais ativo, é forte na economia, pode contrariar regras do comércio internacional e impor salvaguardas sem a comprovação dos danos, como aconteceu realmente e causou a reclamação junto à OMC, estaremos dizendo que vamos ficar à mercê dos casuísmos , afirmou.

Ele afirmou que o setor de aço brasileiro não vai aceitar essa situação. Segundo o presidente do IBS, o Brasil tem demonstrado na siderurgia aceitar a regra do jogo de comércio livre e de competitividade. Nós abraçamos essas teses de livre economia, de livre mercado, mas admitir que, por causa do benefício eventualmente auferido, nós podemos aceitar a quebra do princípio, acho que não , disse.

O Brasil foi um dos países que reclamaram junto à OMC em relação às medidas americanas. Campos lembrou que, ao sair a decisão da OMC, em julho passado, o IBS salientou que a briga não estava ganha e havia a possibilidade de o governo dos Estados Unidos recorrer. Ele acredita que a questão só será resolvida no prazo de nove meses a um ano. Durante esse período e até que a OMC tome uma decisão, ele avaliou que as salvaguardas serão mantidas. Uma vez julgado o recurso, os países ganham o direito de retaliar ou não os Estados Unidos, o que pode funcionar sempre como uma moeda de troca, disse. As informações são da Agência Brasil.

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