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Expansão do setor de serviços no Brasil desacelera em julho

Volume de novos negócios chega a menor nível desde março em meio à fragilidade das condições econômicas e dos protestos no país

PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu a 50,3 em julho, ante 51,0 em junho, permanecendo por 11 meses seguidos acima da marca de 50 que separa crescimento de contração (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 10h17.

São Paulo - O ritmo de expansão da atividade do setor de serviços do Brasil desacelerou em junho, com o volume de novos negócios no menor nível desde março em meio à fragilidade das condições econômicas e dos protestos no país, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada nesta segunda-feira.

O PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu a 50,3 em julho, ante 51,0 em junho, permanecendo por 11 meses seguidos acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Entretanto, a leitura repetiu a mais fraca vista nesse período, atingida em março.

"Embora o índice tenha até agora evitado cair abaixo da marca de 50, o crescimento tem sido bastante fraco desde março... Mais importante, o setor de serviços parece ter enfraquecido mais no início do segundo semestre", avaliou o economista-chefe do HSBC, Andre Loes.

De acordo com o Markit, os entrevistados atribuíram essa situação à fragilidade da economia e aos protestos no país, assim como ao ritmo mais fraco de expansão no volume de novos negócios desde março.

"As evidências sugeriram que o nível de demanda foi mantido, mas que os problemas políticos, as condições econômicas difíceis e os protestos contiveram o crescimento", informou o Markit, destacando que quatro dos seis subsetores de serviços monitorados registraram alta mais fraca no volume de novos trabalhos.

Com isso, os prestadores de serviços continuaram reduzindo os pedidos em atraso em julho, no ritmo mais rápido desde junho de 2012. Mas devido a aumentos nos custos de insumos em meio à desvalorização do real e da mão de obra, os preços cobrados aumentaram em julho, ainda que de maneira modesta.

Sinais positivos

Apesar do quadro em geral fraco, as empresas de serviços brasileiras mantiveram-se otimistas quanto às perspectivas de crescimento da atividade nos próximos 12 meses, e o grau de otimismo atingiu em julho o maior nível em nove meses.

"O sentimento positivo foi atribuído pelas empresas monitoradas a perspectivas de uma melhora na economia brasileira, e a previsões de aumento no turismo decorrente da Copa do Mundo", de acordo com o Markit.

Diante das previsões de demanda mais forte nos próximos meses, cinco dos seis subsetores monitorados aumentaram o número de funcionários em julho, sendo a categoria Hotéis e Restaurantes a única exceção.

Com a fraqueza no setor de serviços e a primeira contração na atividade da indústria desde setembro, o PMI Composto do Brasil caiu a 49,6 em julho, ante 51,1 em junho, ficando abaixo da marca de 50 pela primeira vez em 11 meses.

O setor industrial foi afetado em julho pelo menor volume de negócios para exportação e de novos pedidos, registrando o PMI mais fraco desde junho de 2012.

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São Paulo - O ritmo de expansão da atividade do setor de serviços do Brasil desacelerou em junho, com o volume de novos negócios no menor nível desde março em meio à fragilidade das condições econômicas e dos protestos no país, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada nesta segunda-feira.

O PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu a 50,3 em julho, ante 51,0 em junho, permanecendo por 11 meses seguidos acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Entretanto, a leitura repetiu a mais fraca vista nesse período, atingida em março.

"Embora o índice tenha até agora evitado cair abaixo da marca de 50, o crescimento tem sido bastante fraco desde março... Mais importante, o setor de serviços parece ter enfraquecido mais no início do segundo semestre", avaliou o economista-chefe do HSBC, Andre Loes.

De acordo com o Markit, os entrevistados atribuíram essa situação à fragilidade da economia e aos protestos no país, assim como ao ritmo mais fraco de expansão no volume de novos negócios desde março.

"As evidências sugeriram que o nível de demanda foi mantido, mas que os problemas políticos, as condições econômicas difíceis e os protestos contiveram o crescimento", informou o Markit, destacando que quatro dos seis subsetores de serviços monitorados registraram alta mais fraca no volume de novos trabalhos.

Com isso, os prestadores de serviços continuaram reduzindo os pedidos em atraso em julho, no ritmo mais rápido desde junho de 2012. Mas devido a aumentos nos custos de insumos em meio à desvalorização do real e da mão de obra, os preços cobrados aumentaram em julho, ainda que de maneira modesta.

Sinais positivos

Apesar do quadro em geral fraco, as empresas de serviços brasileiras mantiveram-se otimistas quanto às perspectivas de crescimento da atividade nos próximos 12 meses, e o grau de otimismo atingiu em julho o maior nível em nove meses.

"O sentimento positivo foi atribuído pelas empresas monitoradas a perspectivas de uma melhora na economia brasileira, e a previsões de aumento no turismo decorrente da Copa do Mundo", de acordo com o Markit.

Diante das previsões de demanda mais forte nos próximos meses, cinco dos seis subsetores monitorados aumentaram o número de funcionários em julho, sendo a categoria Hotéis e Restaurantes a única exceção.

Com a fraqueza no setor de serviços e a primeira contração na atividade da indústria desde setembro, o PMI Composto do Brasil caiu a 49,6 em julho, ante 51,1 em junho, ficando abaixo da marca de 50 pela primeira vez em 11 meses.

O setor industrial foi afetado em julho pelo menor volume de negócios para exportação e de novos pedidos, registrando o PMI mais fraco desde junho de 2012.

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