G20: Jack Lew e Joe Hockey na abertura da reunião do G20, na Austrália (Lincoln Feast/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2014 às 08h19.
Cairns - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu nesta sexta-feira que a zona do euro e o Japão façam mais para estimular o crescimento uma vez que a economia global continua a desapontar, destacando o que é tido como um pomo de discórdia na reunião do G20 na Austrália.
Enquanto enaltecia a força da economia norte-americana, Lew disse que mais trabalho é necessário para alcançar um crescimento econômico mais rápido e equilibrado e para impulsionar a demanda.
"Os Estados Unidos continuam a ser uma fonte de força na economia global", disse Lew em declarações com seu colega australiano, Joe Hockey.
"Mas no geral, a economia global continua a ter desempenho inferior. Isso é particularmente verdade na zona do euro e no Japão, enquanto uma série de economias de mercados emergentes também estão desacelerando", disse Lew no início da reunião do G20 de ministros das Finanças e autoridades de bancos centrais na cidade australiano de Cairns.
Seu pedido deve ter uma recepção fria dos europeus. Falando durante uma parada em Hong Kong, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, afirmou que a economia de seu país é robusta e que é importante para a Europa manter-se no duro caminho da reforma fiscal.
Os EUA e outras autoridades do G20 já haviam demonstrado preocupações com o fraco crescimento econômico da Europa e querem que a Alemanha faça mais para ajudar seus vizinhos gastando e importando mais.
Lew também disse ao ministro das Finanças japonês, Taro Aso, que Tóquio tem que continuar comprometida em calibrar os três "tripés" de sua política econômica para manter o crescimento doméstico saudável, de acordo com uma autoriade do Tesouro dos EUA na reunião.
A declaração foi dada em meio a temores de que o plano do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de gerar uma retomada através de forte afrouxamento monetário, gastos e refomas parece estar vacilando frente à fraqueza da demanda do consumidor e das exportações.
Mas Aso contestou a visão de que o Japão, como a zona do euro, é visto como potencial peso sobre o crescimento global.