Economia

EUA liberam eletrônicos em voos de países muçulmanos

Durante quatro meses, os passageiros tiveram que despachar aparelhos maiores do que um celular, como câmeras, leitores de livros eletrônicos e tablets

Companhias aéreas: a medida afetava nove companhias aéreas (foto/Getty Images)

Companhias aéreas: a medida afetava nove companhias aéreas (foto/Getty Images)

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EFE

Publicado em 20 de julho de 2017 às 17h00.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira o fim do veto que impedia que os passageiros de oito países de maioria muçulmana do Oriente Médio e da África de levar na bagagem de mão aparelhos eletrônicos maiores com um smartphone, como laptops e tablets.

O porta-voz do Departamento de Segurança Nacional dos EUA, Dave Lapan, disse à Agência Efe que todas as restrições anunciadas em 10 de março foram suspensas.

O governo americano tinha proibido os aparelhos eletrônicos grandes na bagagem de mão em voos sem escalas procedentes de dez aeroportos internacionais de oito países de maioria muçulmana: Jordânia, Kuwait, Egito, Turquia, Arábia Saudita, Marrocos, Catar e Emirados Árabes Unidos.

A medida afetava nove companhias aéreas: Royal Jordanian, EgyptAir, Turkish Airlines, Saudi Arabian Airlines, Kuwait Airways, Royal Air Moroc, Qatar Airways, Emirates e Etihad Airways.

Dessa forma, durante quatro meses, os passageiros dessas companhias aéreas tiveram que despachar aparelhos maiores do que um telefone celular, como consoles, câmeras, leitores de livros eletrônicos, tablets, entre outros.

Segundo Lapan, os aeroportos e as companhias aéreas afetadas pela medida agora implementaram novas medidas de segurança.

Hoje mesmo, o Departamento de Segurança Nacional anunciou um endurecimento das medidas de segurança em voos procedentes de 105 países, entre eles as oito nações de maioria muçulmana que sofreram com esse primeiro "veto eletrônico", como a medida ficou conhecida.

Desde a meia-noite de quarta-feira, 180 companhias aéreas que operam nesses 105 países começaram a implementar mais medidas segurança depois do pedido do governo americano, que, por enquanto, não revelou quais são essas mudanças.

Essas companhias aéreas operam em mais de 280 aeroportos que servem como último ponto de partida para os EUA.

O governo dos EUA não confirmou oficialmente, mas essas medidas tinham sido tomadas para impedir a entrada de bombas escondidas em aparelhos portáteis nas cabines dos aviões.

Em várias ocasiões, o secretário de Segurança Nacional dos EUA, John Kelly, alertou que grupos terroristas Estado Islâmico (EI) projetaram bombas que eram escondidas em dispositivos eletrônicos e capazes de passar pelos controles de segurança dos aeroportos.

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