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EUA e Japão começarão a negociar acordos comerciais, diz Abe

Os dois líderes se reuniram na Flórida para começar a trabalhar novas aproximações, mas ambos não ocultaram que estão longe de um consenso

Encontro: o Japão quer que os americanos voltem ao Acordo Transpacífico de Livre Comércio (TPP), os Estados Unidos privilegiam um acordo bilateral (Kevin Lamarque/Reuters)
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AFP

Publicado em 19 de abril de 2018 às 07h10.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às 07h10.

Palm Beach - O primeiro-ministro do Japão , Shinzo Abe, anunciou nesta quarta-feira (18) que seu país e os Estados Unidos vão lançar discussões sobre "acordos comerciais" após a ofensiva sobre o tema iniciada pelo presidente Donald Trump, que o recebeu na Flórida.

"Concordamos em começar as negociações em favor de acordos comerciais livres, equitativos e recíprocos", declarou o chefe do governo japonês durante uma coletiva de imprensa em que compareceu com Trump. Os dois dirigentes mantiveram divergências sobre o tema.

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No entanto, ambos os dirigentes não ocultaram que estão longe de um consenso. Enquanto o Japão quer que os americanos voltem ao Acordo Transpacífico de Livre Comércio (TPP), os Estados Unidos privilegiam um acordo bilateral.

"Eles estão interessados em um acordo bilateral (...). A postura de nosso país é de que o TPP é a melhor opção para ambos os países e sobre esta base que vamos discutir", disse o primeiro-ministro japonês.

"Não quero voltar ao TPP, mas farei isso se me oferecerem um acordo que eu não possa rejeitar em nome dos Estados Unidos", disse Donald Trump.

"Prefiro o bilateral. Acho que é o melhor para o nosso país. Acho que é melhor para nossos trabalhadores", acrescentou.

Trump afirmou que redução do déficit comercial americano é uma de suas prioridades e lançou várias ofensivas no comércio internacional.

Horas antes, em sua residência de Mar-a-Lago, Trump destacou que os japoneses "estão bem situados diante dos Estados Unidos, que têm um enorme déficit" comercial com o Japão, e propôs a Abe a venda de aviões comerciais e militares para equilibrar a balança.

"Foi um encontro verdadeiramente excitante para mim. Me encanta o mundo das finanças e o mundo da economia, e é provavelmente onde posso render mais", concluiu.

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