EUA e China vão retomar as negociações comerciais em 14 e 15 de fevereiro
Estados Unidos e China buscam alcançar um acordo que ponha fim à guerra comercial suscitada pela agenda protecionista de Trump
EFE
Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 16h10.
Washington — Uma delegação americana estará nos dias 14 e 15 de fevereiro em Pequim para continuar as negociações comerciais, duas semanas antes do final do prazo dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , para elevar as tarifas de grande parte das importações da China, informou nesta sexta-feira a Casa Branca.
À frente da delegação estarão o representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, para "discutir a relação comercial bilateral".
Previamente, segundo a nota, serão realizadas reuniões de preparação entre suas respectivas equipes a partir de 11 de fevereiro.
Dentro da delegação americana estará David Malpass, atual subsecretário de Assuntos Internacionais do Tesouro e indicado esta semana pela Casa Branca como candidato a presidir o Banco Mundial.
EUA e China buscam alcançar um acordo que ponha fim à guerra comercial suscitada pela agenda protecionista de Trump, que criticou duramente as políticas comerciais da China.
Após assegurar que o eventual acordo dependeria de um encontro com seu homólogo chinês, Xi Jinping, Trump descartou nesta semana uma reunião antes de março.
No seu discurso do Estado da União desta terça-feira, Trump disse que está trabalhando com Xi por um novo acordo comercial que "deve incluir uma mudança real e estrutural para pôr fim às práticas comerciais desleais, reduzir o déficit comercial crônico e proteger os empregos".
Em dezembro, Trump aceitou suspender durante 90 dias, até 1º de março, o seu plano de subir para 25% as tarifas americanas sobre centenas de produtos chineses.
A dúvida agora reside em se este prazo será ampliado e se as tarifas serão mantidas na taxa atual de 10%.
No total, Washington impôs tarifas a produtos chineses no valor de US$ 250 bilhões desde julho, e Trump tinha ameaçado sancionar bens no valor de US$ 267 bilhões, o que superaria amplamente o volume de importações da China aos EUA, que em 2017 se situou em US$ 506 bilhões.
Como represália, a China aplicou medidas recíprocas a mais de US$ 60 bilhões em importações americanas, quase a metade dos US$ 130 bilhões que comprou em 2017.