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Estímulos monetários contínuos são insustentáveis, diz China

O vice-ministro chinês de Finanças advogou por implementar medidas fiscais e monetárias, junto com reformas estruturais, para estimular a economia

Zhu Guangyao: a situação econômica da China é outra das questões que preocupa os integrantes do G20 (Victor Fraile/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2016 às 14h07.

Hangzhou - O governo chinês advertiu nesta sexta-feira que as políticas de estímulo monetário continuadas são "insustentáveis" e que perderam efetividade na hora de impulsionar o crescimento econômico mundial.

Em um comparecimento a dois dias do início da cúpula de líderes do G20 que acolhe a cidade chinesa de Hangzhou, o vice-ministro chinês de Finanças Zhu Guangyao advogou por implementar medidas fiscais e monetárias, junto com reformas estruturais, para estimular a economia.

Zhu afirmou que o consenso entre os ministros de Finanças e os governadores dos Bancos Centrais do G20, após as diferentes reuniões que mantiveram nos últimos meses, é utilizar esta combinação de ferramentas para apoiar o crescimento econômico.

O dirigente chinês reconheceu que decisões como os rebaixamentos das taxas de juros e as compras de ativos por parte dos Bancos Centrais salvaram as economias ocidentais do colapso durante a crise financeira internacional, mas afirmou que seus efeitos não podem durar para sempre.

A presidente do Federal Reserve ( Fed ) dos Estados Unidos, Janet Yellen, abriu a porta na semana passada a uma nova alta de taxas de juros, após a realizada em dezembro, com a qual continuaria ajustando sua política monetária após os estímulos adotados para combater a crise.

A divergência entre a política monetária dos EUA e as da zona do euro e Japão -que mantêm os estímulos-, afirmou Zhu, é um dos três riscos principais para a economia global, junto com a saída do Reino Unido da União Europeia e as dificuldades dos países emergentes.

A China considera que o impacto do "Brexit" sobre a economia mundial será a médio e longo prazo, embora os mercados financeiros tenham se recuperado das turbulências iniciais que provocou o referendo britânico, explicou o vice-ministro.

"(...) a recuperação não significa que o impacto do 'Brexit' tenha acabado e continuará sendo sentido a médio e longo prazo", avisou Zhu.

Na declaração feita no fechamento da reunião financeira do G20 de Chengdu (oeste da China), os ministros de Finanças e os governadores de Bancos Centrais concluíram que as 20 principais economias desenvolvidas e emergentes do mundo estão "bem posicionadas" para enfrentar os efeitos do "Brexit".

A situação econômica da China, e dos países emergentes em geral, é outra das questões que preocupa os integrantes do G20.

A câmara de Comércio da União Europeia na China protestou nesta quinta-feira pela falta de abertura ao investimento estrangeiro do gigante asiático, segunda economia mundial, e alertou sobre seus problemas de excesso de capacidade industrial.

Em resposta a estas críticas, o vice-ministro chinês de Finanças defendeu que o excesso de capacidade é um fenômeno global e que seu país foi dos primeiros a tomar "medidas enérgicas" para diminuir esse problema.

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Hangzhou - O governo chinês advertiu nesta sexta-feira que as políticas de estímulo monetário continuadas são "insustentáveis" e que perderam efetividade na hora de impulsionar o crescimento econômico mundial.

Em um comparecimento a dois dias do início da cúpula de líderes do G20 que acolhe a cidade chinesa de Hangzhou, o vice-ministro chinês de Finanças Zhu Guangyao advogou por implementar medidas fiscais e monetárias, junto com reformas estruturais, para estimular a economia.

Zhu afirmou que o consenso entre os ministros de Finanças e os governadores dos Bancos Centrais do G20, após as diferentes reuniões que mantiveram nos últimos meses, é utilizar esta combinação de ferramentas para apoiar o crescimento econômico.

O dirigente chinês reconheceu que decisões como os rebaixamentos das taxas de juros e as compras de ativos por parte dos Bancos Centrais salvaram as economias ocidentais do colapso durante a crise financeira internacional, mas afirmou que seus efeitos não podem durar para sempre.

A presidente do Federal Reserve ( Fed ) dos Estados Unidos, Janet Yellen, abriu a porta na semana passada a uma nova alta de taxas de juros, após a realizada em dezembro, com a qual continuaria ajustando sua política monetária após os estímulos adotados para combater a crise.

A divergência entre a política monetária dos EUA e as da zona do euro e Japão -que mantêm os estímulos-, afirmou Zhu, é um dos três riscos principais para a economia global, junto com a saída do Reino Unido da União Europeia e as dificuldades dos países emergentes.

A China considera que o impacto do "Brexit" sobre a economia mundial será a médio e longo prazo, embora os mercados financeiros tenham se recuperado das turbulências iniciais que provocou o referendo britânico, explicou o vice-ministro.

"(...) a recuperação não significa que o impacto do 'Brexit' tenha acabado e continuará sendo sentido a médio e longo prazo", avisou Zhu.

Na declaração feita no fechamento da reunião financeira do G20 de Chengdu (oeste da China), os ministros de Finanças e os governadores de Bancos Centrais concluíram que as 20 principais economias desenvolvidas e emergentes do mundo estão "bem posicionadas" para enfrentar os efeitos do "Brexit".

A situação econômica da China, e dos países emergentes em geral, é outra das questões que preocupa os integrantes do G20.

A câmara de Comércio da União Europeia na China protestou nesta quinta-feira pela falta de abertura ao investimento estrangeiro do gigante asiático, segunda economia mundial, e alertou sobre seus problemas de excesso de capacidade industrial.

Em resposta a estas críticas, o vice-ministro chinês de Finanças defendeu que o excesso de capacidade é um fenômeno global e que seu país foi dos primeiros a tomar "medidas enérgicas" para diminuir esse problema.

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