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Espanhóis convocam protestos em massa contra cortes

Empregados da saúde e educação, dois dos setores mais afetados pelos cortes, sindicalistas, estudantes e movimentos sociais vão participar de manifestação em Madri

Oficiais da corte espanhola protestam os cortes: o governo espanhol anunciou cortes de cerca de 150 bilhões de euros em três anos (Pedro Armestre/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 09h38.

Madri - Funcionários públicos, associações e partidos políticos minoritários espanhóis convocaram para sábado uma "maré cidadã" em protesto contra os cortes do governo conservador por todo o país.

Empregados da saúde e educação, dois dos setores mais afetados pelos cortes, sindicalistas, estudantes e movimentos sociais vão participar de uma manifestação em massa na capital espanhola em 23 de fevereiro, data em que há 32 anos um grupo de soldados tentou um golpe para restabelecer a ditadura de Franco.

"Estamos diante de um verdadeiro golpe de Estado financeiro, por isso escolhemos esta data. A nossa democracia está ameaçada e por isso sairemos às ruas para exigir uma democracia real, onde as pessoas possam decidir o seu futuro", explicou Paco Segura, porta-voz de uma das associações participantes.

O governo conservador de Mariano Rajoy lançou no final de 2011 um programa de austeridade para sanear as finanças públicas, com cortes de cerca de 150 bilhões de euros em três anos.

Com um desemprego acima de 26% da força de trabalho e medidas de austeridade econômica, o descontentamento da população aumentou com os inúmeros casos de corrupção revelados nas principais instituições do país e a injeção, no ano passado, de mais de 41 bilhões de euros para salvar um sistema bancário falido após o estouro da bolha imobiliária.

"Não vamos permitir que continuem atacando nossos direitos sociais com estes cortes brutais, aplicados em grande parte para canalizar recursos para a ganância do sistema financeiro", exclamou Segura.

Apesar da indignação das ruas, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, apareceu na terça-feira no Congresso com um discurso em tom de triunfo, assegurando que graças às medidas de austeridade a Espanha evitou o "naufrágio" e começou "a ver o caminho do futuro".

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"Estamos diante de um verdadeiro golpe de Estado financeiro, por isso escolhemos esta data. A nossa democracia está ameaçada e por isso sairemos às ruas para exigir uma democracia real, onde as pessoas possam decidir o seu futuro", explicou Paco Segura, porta-voz de uma das associações participantes.

O governo conservador de Mariano Rajoy lançou no final de 2011 um programa de austeridade para sanear as finanças públicas, com cortes de cerca de 150 bilhões de euros em três anos.

Com um desemprego acima de 26% da força de trabalho e medidas de austeridade econômica, o descontentamento da população aumentou com os inúmeros casos de corrupção revelados nas principais instituições do país e a injeção, no ano passado, de mais de 41 bilhões de euros para salvar um sistema bancário falido após o estouro da bolha imobiliária.

"Não vamos permitir que continuem atacando nossos direitos sociais com estes cortes brutais, aplicados em grande parte para canalizar recursos para a ganância do sistema financeiro", exclamou Segura.

Apesar da indignação das ruas, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, apareceu na terça-feira no Congresso com um discurso em tom de triunfo, assegurando que graças às medidas de austeridade a Espanha evitou o "naufrágio" e começou "a ver o caminho do futuro".

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