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Espanha prevê que caso YPF tornará Brasil mais atrativo

O embaixador espanhol ressaltou que “entende” a cautela do governo brasileiro de evitar a comentar o assunto. “São países vizinhos, parceiros comerciais".

“Acho que essa é uma oportunidade para o Brasil vender produtos agrícolas, como soja, além de biocombustíveis e ferro” (Igor Spanholi/Stock.Xchnge)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 18h05.

Brasília – O Brasil pode vender mais combustível aos países europeus após a estatização da empresa YPF pelo governo argentino, avaliou hoje (20) o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara. “Acho que os europeus vão comprar mais biodiesel do Brasil. Acho que essa é uma oportunidade para o Brasil vender produtos agrícolas, como soja, além de biocombustíveis e ferro”, disse.

De la Cámara disse ainda que a decisão da Argentina de expropriar os 51% das ações da YPF de propriedade da petrolífera espanhola Repsol pode impactar negativamente nos investimentos estrangeiros no país, o que inclui, na sua avaliação, a empresa brasileira Petrobras. “Acredito que a Petrobras e qualquer outro investidor estrangeiro vai pensar muito antes de investir na Argentina”, opinou.

O embaixador espanhol ressaltou que “entende” a cautela do governo brasileiro de evitar a comentar o assunto. “São países vizinhos, parceiros comerciais. O Brasil tem de ser neutro.”

A embaixadora da delegação da União Europeia no Brasil, Ana Paula Zacarias, espera que a decisão do governo argentino não afete as negociações que ocorrem entre os 27 países membros da União Europeia e os parceiros do Mercosul. “Nos preocupa esse caminho seguido pela Argentina. Mas isso não vai interromper as negociações que estamos fazendo entre Mercosul e União Europeia. O que a Argentina fez foi isolado”, disse.

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De la Cámara disse ainda que a decisão da Argentina de expropriar os 51% das ações da YPF de propriedade da petrolífera espanhola Repsol pode impactar negativamente nos investimentos estrangeiros no país, o que inclui, na sua avaliação, a empresa brasileira Petrobras. “Acredito que a Petrobras e qualquer outro investidor estrangeiro vai pensar muito antes de investir na Argentina”, opinou.

O embaixador espanhol ressaltou que “entende” a cautela do governo brasileiro de evitar a comentar o assunto. “São países vizinhos, parceiros comerciais. O Brasil tem de ser neutro.”

A embaixadora da delegação da União Europeia no Brasil, Ana Paula Zacarias, espera que a decisão do governo argentino não afete as negociações que ocorrem entre os 27 países membros da União Europeia e os parceiros do Mercosul. “Nos preocupa esse caminho seguido pela Argentina. Mas isso não vai interromper as negociações que estamos fazendo entre Mercosul e União Europeia. O que a Argentina fez foi isolado”, disse.

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