Economia

Energia pode reduzir PIB argentino em dois pontos percentuais

A crise de energia pela qual a Argentina está passandopoderá reduzir em até dois pontos percentuais o crescimento do Produto Interno Bruto do país este ano, segundo analistas ouvidos pelo jornal britânico Financial Times. Na última segunda-feira (29/3), a Cammesa, ógão que regula a venda de energia no atacado, foi forçada a reduzir a voltagem […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

A crise de energia pela qual a Argentina está passandopoderá reduzir em até dois pontos percentuais o crescimento do Produto Interno Bruto do país este ano, segundo analistas ouvidos pelo jornal britânico Financial Times. Na última segunda-feira (29/3), a Cammesa, ógão que regula a venda de energia no atacado, foi forçada a reduzir a voltagem para evitar cortes no fornecimento de energia para grandes consumidores. Só na última semana, cerca de 30 empresas foram atingidas por blecautes. A medida da Cammesa veio alguns dias depois do anúncio do governo argentino ter anunciado que iria limitar as exportações de gás para países vizinhos. O combustível responde por mais da metade da energia gerada no país.

Já neste fim de semana, também para aliviar a crise, o governo afirmou que vai permitir que as empresas de gás aumentem em até 100% o preço do produto nos próximos 15 meses. A liberação para o reajuste vem tarde. Desde janeiro de 2002, quando a Argentina deu fim à paridade de mais de uma década com o dólar, os preços do produto foram atrelados ao valor da moeda americana na proporção de um para um e congelados. O resultado dessa medida é que o preço do gás natural no país está hoje 30% abaixo do praticado no mercado internacional e 1,3 milhão de veículos a gasolina foram convertidos desde então.

Em retaliação, nesse período as empresas de gás suspenderam seus investimentos, reduziram o ritmo das atividades de exploração e a situação dos poços em atividade se deteriorou por falta de manutenção. Se num cenário de recessão isso já seria preocupante, torna-se mais num país que cresceu 8,7% no ano passado e tinha expectativas de rever o desempenho este ano.

Há ainda, segundo especialistas, um outro risco: o de que a falta de gás conduza o país também a uma crise de eletricidade. As hidrelétricas do país, que respondem por menos da metade da energia gerada, também estão sofrendo com a baixa nos reservatórios provocadas por falta de chuvas e não há nenhuma em construção.

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