Economia

Emprego na indústria cai 0,8% em agosto

O recuo de 5,6% acumulado nos oito meses do ano reflete taxas negativas nos dezoito setores investigados


	Trabalhador da indústria: o índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,1% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%)
 (zdravkovic/Thinkstock)

Trabalhador da indústria: o índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,1% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%) (zdravkovic/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 12h46.

O emprego industrial fechou o mês de agosto com queda de 0,8% no número de postos de trabalho, na comparação com o mês imediatamente anterior, no oitavo resultado negativo consecutivo, acumulando retração de 5,6%.

Os dados foram divulgados hoje (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a retração em agosto foi 6,9%, neste caso o 47° resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso da série histórica, que começou em janeiro de 2001.

No índice acumulado no ano de 2015, o total do pessoal ocupado na indústria recuou 5,6%. O índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,1% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

O recuo de 5,6% acumulado nos oito meses do ano reflete taxas negativas nos dezoito setores investigados.

As contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-10,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,1%), produtos de metal (-10,5%), máquinas e equipamentos (-7,2%), alimentos e bebidas (-2,4%), e outros produtos da indústria de transformação (-9,2%).

Horas pagas

Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram ainda que houve queda de 0,9% no número de horas pagas em agosto em relação ao mês anterior, a sexta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 5,5%.

Na comparação com agosto do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 7,5% em agosto de 2015, vigésima sétima taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o início da série histórica.

O índice acumulado de janeiro a agosto de 2015 recuou 6,2%, intensificando o ritmo de queda frente ao fechamento do primeiro semestre do ano (-5,8%) – ambas as comparações feitas com os mesmos períodos do ano anterior.

O índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -5,5% em julho para -5,8% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

O recuo no resultado acumulado nos oito meses de 2015 reflete números negativos nos dezoito setores pesquisados, com os impactos mais relevantes vindos dos ramos meios de transporte (-11,2%), produtos de metal (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,2%), máquinas e equipamentos (-7,9%), alimentos e bebidas (-2,7%), e outros produtos da indústria de transformação (-9,9%).

Folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou em agosto 1,3% frente ao mês imediatamente anterior – o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 3,1%.

No índice desse mês, verifica-se a influência negativa da indústria de transformação (-0,9%), que aponta taxas negativas pelo oitavo mês seguido.

Na comparação com agosto do ano passado, o valor da folha de pagamento real recuou 8,4%, a 15ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde maio último (-9,8%).

No índice acumulado para os oito meses de 2015, o valor da folha de pagamento da indústria caiu 6,5%, ritmo de queda mais elevado do que o observado no primeiro semestre do ano (-6,2%), ambas as comparações feitas com o mesmo período do ano anterior.

Já a taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao mostrar redução de 5,6% em agosto de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosEstatísticasIBGE

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto