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Emergentes querem participar mais da direção do FMI, diz Dilma

Presidente pede maior espaço de decisão em troca dos países aumentarem as contribuições para o fundo

Dilma quer mais espaço no FMI (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 17h03.

Brasília - A presidente da República, Dilma Rousseff , disse hoje que os países emergentes exigirão uma participação maior na direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) para aumentar a contribuição à instituição financeira.

"Isso tem levado a uma grande discussão entre os países emergentes e desenvolvidos. Os emergentes podem ser chamados a contribuir, ampliando o capital do fundo. Mas para fazer isso, exigem uma ampliação das cotas, portanto, uma participação na direção do fundo", disse a presidente após anunciar, em Porto Alegre, recursos do governo federal para obras de mobilidade urbana.

A reforma das instituições internacionais, entre elas o FMI e o Banco Mundial, serão tratados na reunião de cúpula do Ibas, grupo que congrega Brasil, Índia e África do Sul. A reunião ocorrerá na próxima semana em Pretória, capital administrativa sul-africana. Os três países são defensores das mudanças.

Dilma lembrou que a discussão sobre as reformas das instituições financeiras teve início em 2009 e que faz parte da agenda dos emergentes que consideram que a atual composição reflete uma realidade posterior a Segunda Guerra Mundial, já ultrapassada .

"Essa realidade desapareceu. O surgimento dos países emergentes implica que seja necessário uma modificação da governança do FMI. Como se tem de mudar a governança, haverá a necessidade de mudar a composição das cotas. Nós fizemos um aporte e já houve um aumento [da participação do Brasil]. O que está em discussão agora é qual a composição que vai vigir nos próximos anos".

Dilma voltou a destacar a solidez dos bancos brasileiros e a capacidade do país de fazer frente à crise financeira. "Nenhum banco nosso tem dívida soberana dentro deles, dentro da composição do passivo. Nós temos bancos extremamente fortes. Nossa situação financeira é completamente diferente da deles [europeus]".

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"Isso tem levado a uma grande discussão entre os países emergentes e desenvolvidos. Os emergentes podem ser chamados a contribuir, ampliando o capital do fundo. Mas para fazer isso, exigem uma ampliação das cotas, portanto, uma participação na direção do fundo", disse a presidente após anunciar, em Porto Alegre, recursos do governo federal para obras de mobilidade urbana.

A reforma das instituições internacionais, entre elas o FMI e o Banco Mundial, serão tratados na reunião de cúpula do Ibas, grupo que congrega Brasil, Índia e África do Sul. A reunião ocorrerá na próxima semana em Pretória, capital administrativa sul-africana. Os três países são defensores das mudanças.

Dilma lembrou que a discussão sobre as reformas das instituições financeiras teve início em 2009 e que faz parte da agenda dos emergentes que consideram que a atual composição reflete uma realidade posterior a Segunda Guerra Mundial, já ultrapassada .

"Essa realidade desapareceu. O surgimento dos países emergentes implica que seja necessário uma modificação da governança do FMI. Como se tem de mudar a governança, haverá a necessidade de mudar a composição das cotas. Nós fizemos um aporte e já houve um aumento [da participação do Brasil]. O que está em discussão agora é qual a composição que vai vigir nos próximos anos".

Dilma voltou a destacar a solidez dos bancos brasileiros e a capacidade do país de fazer frente à crise financeira. "Nenhum banco nosso tem dívida soberana dentro deles, dentro da composição do passivo. Nós temos bancos extremamente fortes. Nossa situação financeira é completamente diferente da deles [europeus]".

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