Em sabatina sem surpresas, Galípolo e Ailton de Aquino são aprovados pela CAE para diretoria do BC
Os indicados para as diretorias de Política Monetária e de Fiscalização ainda serão avaliados pelo plenário do Senado. Votação pode ocorrer ainda nesta terça
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 4 de julho de 2023 às 12h48.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou com 24 votos favoráveis e um voto contrário a indicação de Gabriel Galípolo para chefiar a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC) e de Ailton de Aquino Santos para comandar a Diretoria de Fiscalização da autoridade monetária.
Uma nova votação no plenário da Casa pode ocorrer ainda nesta terça-feira, 4, para finalizar o processo de indicação. Com isso, os dois participarão da próxima reunião doComitê de Política Monetária (Copom), marcada par 1 e 2 de agosto.A expectativa é de que a Selic caia. Mas a dúvida é se o corte será de 0,25 ponto percentual ou de 0,5 ponto percentual, como quer o governo.
- Julho tem feriado? Confira as datas comemorativas do mês
- Entrada de novos diretores no próximo Copom não deve mudar nada a governança, diz Campos Neto
- Marco das garantias e sabatina de indicados para BC são prioridade do Senado; acompanhe ao vivo
- Tesouro Direto: cobrança da taxa de custódia acontece nesta semana
- Volkswagen para produção de suas três fábricas de carros por falta de demanda
- Câmara dos Deputados cancela reuniões de comissões para priorizar votações de projetos econômicos
Com poucos senadores presentes e em uma sabatina sem surpresas, os dois não tiveram dificuldade em responder aos questionamentos feitos em quatro blocos de perguntas.
Em uma rápida avaliação sobre a taxa de juros no país, Galípolo sinalizou que os esforços feitos pelo governo para sinalizar compromisso com as contas públicas têm ajudado na queda das expectativas futuras para a Selic.
"Nesse sentido, o que vem acontecendo com as taxas de juros futuras, o mercado vê com bons olhos o esforço coletivo do governo e do Congresso [para sinalizar um compromisso em equilibrar as contas públicas]. Com isso, as taxas de juros futuras cederam ao longo do tempo", disse.