Economia

Economistas pioram projeção de alta do PIB este ano a 0,52%

Para o ano que vem, a expectativa é de expansão de 1,10% do PIB, ante 1,20% na pesquisa anterior


	Real: em relação à inflação, a projeção para a alta do IPCA neste ano permaneceu em 6,27%
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Real: em relação à inflação, a projeção para a alta do IPCA neste ano permaneceu em 6,27% (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 10h10.

São Paulo - Após confirmação de que o Brasil entrou em recessão no primeiro semestre, economistas de instituições financeiras pioraram suas projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) tanto neste ano quanto no próximo, ao mesmo tempo em que veem manutenção da Selic na reunião desta semana do Banco Central, e voltaram a projetar a taxa de juros a 11,75 por cento em 2015.

A pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostrou que a estimativa para o crescimento do PIB em 2014 caiu a 0,52 por cento, contra 0,70 por cento na semana anterior, em uma trajetória descendente que já dura 14 semanas e bem abaixo dos 2,5 por cento registrados em 2013.

A expectativa é de recuperação em 2015, porém a projeção também foi reduzida após duas semanas de manutenção, para 1,10 por cento por cento, contra 1,20 por cento. Na sexta-feira, o IBGE informou que a economia brasileira encolheu 0,6 por cento no segundo trimestre de 2014 sobre os três meses anteriores.

Além disso, o desempenho do primeiro trimestre sobre o quarto trimestre de 2013 foi revisado para mostrar contração de 0,2 por cento, levando o país a entrar em recessão. [nL1N0QZ0VP] A expectativa para a produção industrial, um dos maiores pesos sobre a economia, é de contração de 1,70 por cento neste ano, sobre queda de 1,76 por cento anteriormente. Para o próximo ano houve manutenção da projeção de crescimento de 1,70 por cento.

Já para a política monetária, os economistas consultados pelo BC mantiveram a perspectiva de que a Selic será mantida nos atuais 11,00 por cento na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), encerrando o ano neste mesmo patamar.

Mas para 2015, voltaram a projetar que a taxa básica de juros encerrará em 11,75 por cento, contra 12,00 por cento no levantamento anterior.

Para os economistas consultados, o início do ciclo de aperto monetário será em março que vem, com alta de 0,50 ponto percentual, sem alteração sobre a pesquisa anterior.

Por sua vez, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeção, vê a Selic a 11,00 por cento este ano e a 12,00 por cento no próximo, sem alterações. INFLAÇÃO O Focus mostrou ainda que as expectativas de inflação sofreram pouca alteração. A estimativa para a alta do IPCA em 2014 permaneceu em 6,27 por cento, enquanto para 2015 a projeção subiu 0,01 ponto percentual, a 6,29 por cento.

Em relação aos preços administrados, um dos principais vilões da inflação neste ano e que deve continuar em 2015, a projeção de inflação caiu 0,05 ponto percentual para este ano, a 5,05 por cento, e foi mantida em 7,00 por cento para 2015.

Em 12 meses, o IPCA vem se mantendo em torno do teto da meta do governo, que é de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. A expectativa agora fica para a divulgação na sexta-feira dos números de agosto do indicador.

Para os próximos 12 meses, o Focus mostrou que o mercado manteve a previsão de alta do IPCA em 6,24 por cento.

O Top-5 de médio prazo calcula que o IPCA ficará em 6,34 por cento em 2014, contra 6,27 por cento, e fechará 2015 em 6,48 por cento, o mesmo que no levantamento anterior.

Atualizado às 10h10

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