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Economistas mostram pessimismo a diretor do BC

Encontro entre Carlos Hamilton Araújo e economistas do mercado financeiro foi marcado por um pessimismo em relação à recuperação da economia

Diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo: Brasil deve registrar um crescimento menor que 2% em 2013 (Marcello Casal Jr/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 16h53.

Brasília - O pessimismo em relação à recuperação da economia brasileira para este ano e 2014, que pode crescer menos de 2 por cento nestes períodos, deu o tom do encontro entre o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, e economistas do mercado financeiro na manhã desta quinta-feira em São Paulo.

"Os economistas apresentaram muitas dúvidas ao diretor e colocaram sub judice a possibilidade de a economia crescer 2 por cento tanto em 2013 quanto em 2014", afirmou à Reuters em condição de anonimato um economista que participou das conversas.

O Índice de Atividade Econômica do Banco central (IBC-Br) registrou alta de 1,13 por cento em junho, fazendo o segundo trimestre encerrar com aumento de 0,89 por cento em comparação ao primeiro trimestre, conforme informou o BC nesta quinta-feira.

Ainda assim, o mercado mantém o tom de cautela sobre a atividade ainda sem indicações firmes de um bom desempenho esperado para o terceiro trimestre e para o consolidado do ano.

De acordo com o economista, também foi mostrado ao diretor do BC ceticismo com o comportamento futuro da inflação mesmo diante da política monetária de elevação da Selic posta em prática.

"Foi colocado ao Carlos Hamilton que a inflação está sendo contida de forma artificial pela contenção dos reajustes nos preços administrados e intervenções do governo para segurar alguns aumentos, a exemplo da decisão de segurar a alta dos combustíveis", disse ele.

Na última segunda-feira, o diretor disse que alta de 0,03 por cento registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho representou o melhor momento da inflação no ano, indicando a possibilidade de variações maiores nos próximos meses. Na ocasião, ele também disse que a tendência é de recuo da inflação em períodos de 12 meses.

Ao diretor, segundo um outro economista ouvido pela Reuters, também foi passada a avaliação de que o câmbio é um fator de pressão sobre os preços e de que não há visões de que o dólar possa voltar abaixo de 2,25 reais tão cedo.

"Houve consenso de que o câmbio tem sido uma surpresa e há uma visão geral entre os economistas de que o câmbio não voltará a ficar abaixo de 2,25 reais e que haverá repasse para os preços. E foi colocado ao diretor que isso exigirá um esforço adicional maior do BC para segurar a inflação em 2014", afirmou a fonte.

A reunião de Carlos Hamilton ocorre trimestralmente com representantes de bancos, consultorias e corretoras em São Paulo e no Rio de Janeiro e tem o objetivo de subsidiar o BC nas avaliações sobre como os agentes econômicos estão analisando o cenário econômico.

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Brasília - O pessimismo em relação à recuperação da economia brasileira para este ano e 2014, que pode crescer menos de 2 por cento nestes períodos, deu o tom do encontro entre o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, e economistas do mercado financeiro na manhã desta quinta-feira em São Paulo.

"Os economistas apresentaram muitas dúvidas ao diretor e colocaram sub judice a possibilidade de a economia crescer 2 por cento tanto em 2013 quanto em 2014", afirmou à Reuters em condição de anonimato um economista que participou das conversas.

O Índice de Atividade Econômica do Banco central (IBC-Br) registrou alta de 1,13 por cento em junho, fazendo o segundo trimestre encerrar com aumento de 0,89 por cento em comparação ao primeiro trimestre, conforme informou o BC nesta quinta-feira.

Ainda assim, o mercado mantém o tom de cautela sobre a atividade ainda sem indicações firmes de um bom desempenho esperado para o terceiro trimestre e para o consolidado do ano.

De acordo com o economista, também foi mostrado ao diretor do BC ceticismo com o comportamento futuro da inflação mesmo diante da política monetária de elevação da Selic posta em prática.

"Foi colocado ao Carlos Hamilton que a inflação está sendo contida de forma artificial pela contenção dos reajustes nos preços administrados e intervenções do governo para segurar alguns aumentos, a exemplo da decisão de segurar a alta dos combustíveis", disse ele.

Na última segunda-feira, o diretor disse que alta de 0,03 por cento registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho representou o melhor momento da inflação no ano, indicando a possibilidade de variações maiores nos próximos meses. Na ocasião, ele também disse que a tendência é de recuo da inflação em períodos de 12 meses.

Ao diretor, segundo um outro economista ouvido pela Reuters, também foi passada a avaliação de que o câmbio é um fator de pressão sobre os preços e de que não há visões de que o dólar possa voltar abaixo de 2,25 reais tão cedo.

"Houve consenso de que o câmbio tem sido uma surpresa e há uma visão geral entre os economistas de que o câmbio não voltará a ficar abaixo de 2,25 reais e que haverá repasse para os preços. E foi colocado ao diretor que isso exigirá um esforço adicional maior do BC para segurar a inflação em 2014", afirmou a fonte.

A reunião de Carlos Hamilton ocorre trimestralmente com representantes de bancos, consultorias e corretoras em São Paulo e no Rio de Janeiro e tem o objetivo de subsidiar o BC nas avaliações sobre como os agentes econômicos estão analisando o cenário econômico.

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