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Economista diz que PIB mostra indicador próximo a 2% no ano

Para Dércio Munhoz, é preciso fazer uma comparação que amorteça questões sazonais, porque foram incorporados períodos de safra e períodos de Natal

Colheitas de soja: “É um bom resultado para uma economia que está com um processo de estagnação histórica", disse o economista e professor aposentado da Universidade de Brasília, Dércio Munhoz (Paulo Fridman/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h14.

Brasília - O resultado do Produto Interno Bruto ( PIB ) no segundo trimestre, divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), mostra que o indicador deve ficar próximo a 2% em 2013. A avaliação foi feita pelo economista e professor aposentado da Universidade de Brasília, Dércio Munhoz. Em sua análise, ele se baseia nos últimos quatro trimestres ante o mesmo período imediatamente anterior, quando o resultado foi 1,9%.

Segundo Munhoz, é preciso cuidado ao usar apenas o resultado do segundo trimestre, pois indicadores econômicos de curto prazo têm validade “muito relativa” e não devem mostrar uma tendência. “Até porque estamos no terceiro trimestre, que tem expectativa de que seja muito fraco, o que poderá puxar o indicador do ano para baixo”, destacou.

Para o economista, quando é utilizado na avaliação do crescimento da economia o período de quatro trimestres anteriores e não o ano civil [365 dias contados a partir de 1º de janeiro] incorpora-se sazonalidades no cálculo.

“Precisamos observar que estão sendo incorporados períodos de safra, períodos de Natal etc. Precisamos fazer uma comparação que amorteça questões sazonais. Este, sim, é um bom indicador”, disse Munhoz à Agência Brasil.

“Então, a tendência é de que o PIB deve ficar em 2% em 2013. Evidentemente, poderemos ter surpresas. Mas se você usar esse indicador, que amortece efeitos sazonais, a tendência é 2%, o que é um bom resultado”, acrescentou.

Dércio Munhoz fez, no entanto, uma ressalva: “[é um] bom resultado para uma economia que está com um processo de estagnação histórica. Se observarmos melhor, a economia vem com taxas pós-Plano Real. Ou seja, está funcionando com os problemas estruturais que vieram dos anos 1990.

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Segundo Munhoz, é preciso cuidado ao usar apenas o resultado do segundo trimestre, pois indicadores econômicos de curto prazo têm validade “muito relativa” e não devem mostrar uma tendência. “Até porque estamos no terceiro trimestre, que tem expectativa de que seja muito fraco, o que poderá puxar o indicador do ano para baixo”, destacou.

Para o economista, quando é utilizado na avaliação do crescimento da economia o período de quatro trimestres anteriores e não o ano civil [365 dias contados a partir de 1º de janeiro] incorpora-se sazonalidades no cálculo.

“Precisamos observar que estão sendo incorporados períodos de safra, períodos de Natal etc. Precisamos fazer uma comparação que amorteça questões sazonais. Este, sim, é um bom indicador”, disse Munhoz à Agência Brasil.

“Então, a tendência é de que o PIB deve ficar em 2% em 2013. Evidentemente, poderemos ter surpresas. Mas se você usar esse indicador, que amortece efeitos sazonais, a tendência é 2%, o que é um bom resultado”, acrescentou.

Dércio Munhoz fez, no entanto, uma ressalva: “[é um] bom resultado para uma economia que está com um processo de estagnação histórica. Se observarmos melhor, a economia vem com taxas pós-Plano Real. Ou seja, está funcionando com os problemas estruturais que vieram dos anos 1990.

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