Economia encolhe no terceiro tri, segundo BC, e reforça queda da Selic
Economistas esperam uma retomada da atividade no ano que vem, quando o estímulo monetário dos juros menores influenciar plenamente a economia
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 16h29.
São Paulo - A economia brasileira encolheu 0,32 por cento no terceiro trimestre ante o segundo, mostrou nesta quinta-feira o Banco Central (BC), reforçando o argumento para o ciclo de redução dos juros.
A atividade em setembro, no entanto, mostrou leve recuperação frente a agosto, quando havia registrado retração. Mesmo assim, economistas esperam uma retomada da atividade no ano que vem, quando o estímulo monetário dos juros menores influenciar plenamente a economia.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) -um indicador que reflete o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB)- cresceu apenas 0,02 por cento em setembro sobre o mês imediatamente anterior, para 142,13 pontos, segundo dados dessazonalizados. Em agosto, ainda segundo o BC, o IBC-Br havia recuado 0,57 por cento ante julho, de acordo com dados revisados para baixo.
Na comparação com igual período do ano passado, o indicador subiu 1,45 por cento por cento em setembro e, em 12 meses, o avanço foi de 3,65 por cento.
Economistas atribuem a desaceleração da economia em parte a um desempenho pior do que o previsto da produção industrial, que tem sofrido com o acúmulo de estoques diante de uma demanda mais fraca e também com os efeitos da política monetária mais restritiva adotada pelo BC no primeiro semestre.
Mas, com o efeito que a crise internacional pode ter sobre a atividade econômica do país, o BC já iniciou um movimento de afrouxamento da política monetária, reduzindo a Selic em 1 ponto percentual, para os atuais 11,50 por cento ao ano. A expectativa do mercado é de que mais cortes venham.
"O ponto importante é que a visão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) de que a economia tinha desacelerado substancialmente desde meados de 2011 é correto", escreveu o economista do Goldman Sachs, Paulo Leme, em nota. "A consequência disso é que o Copom deve continuar a cortar a Selic a um ritmo de 0,5 ponto por reunião." Na opinião do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, a política de corte dos juros deve sustentar uma retomada da economia no ano que vem. "Um juro real de 3,5 por cento no Brasil é estimulativo", afirmou, em referência é sua projeção de queda da Selic a 9 por cento em 2012 e expectativa de inflação próxima a 6 por cento. A previsão do resto do mercado para a Selic é um pouco maior, de 10 por cento.
A previsão de economistas ouvidos semanalmente pelo BC para o relatório Focus é de que o crescimento em 2011 será de 3,16 por cento e em 2012 subirá a 3,50 por cento.
A estimativa do BC é de que o PIB brasileiro cresça 3,5 por cento em 2011.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga em 6 de dezembro o número oficial sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre de 2011.
São Paulo - A economia brasileira encolheu 0,32 por cento no terceiro trimestre ante o segundo, mostrou nesta quinta-feira o Banco Central (BC), reforçando o argumento para o ciclo de redução dos juros.
A atividade em setembro, no entanto, mostrou leve recuperação frente a agosto, quando havia registrado retração. Mesmo assim, economistas esperam uma retomada da atividade no ano que vem, quando o estímulo monetário dos juros menores influenciar plenamente a economia.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) -um indicador que reflete o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB)- cresceu apenas 0,02 por cento em setembro sobre o mês imediatamente anterior, para 142,13 pontos, segundo dados dessazonalizados. Em agosto, ainda segundo o BC, o IBC-Br havia recuado 0,57 por cento ante julho, de acordo com dados revisados para baixo.
Na comparação com igual período do ano passado, o indicador subiu 1,45 por cento por cento em setembro e, em 12 meses, o avanço foi de 3,65 por cento.
Economistas atribuem a desaceleração da economia em parte a um desempenho pior do que o previsto da produção industrial, que tem sofrido com o acúmulo de estoques diante de uma demanda mais fraca e também com os efeitos da política monetária mais restritiva adotada pelo BC no primeiro semestre.
Mas, com o efeito que a crise internacional pode ter sobre a atividade econômica do país, o BC já iniciou um movimento de afrouxamento da política monetária, reduzindo a Selic em 1 ponto percentual, para os atuais 11,50 por cento ao ano. A expectativa do mercado é de que mais cortes venham.
"O ponto importante é que a visão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) de que a economia tinha desacelerado substancialmente desde meados de 2011 é correto", escreveu o economista do Goldman Sachs, Paulo Leme, em nota. "A consequência disso é que o Copom deve continuar a cortar a Selic a um ritmo de 0,5 ponto por reunião." Na opinião do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, a política de corte dos juros deve sustentar uma retomada da economia no ano que vem. "Um juro real de 3,5 por cento no Brasil é estimulativo", afirmou, em referência é sua projeção de queda da Selic a 9 por cento em 2012 e expectativa de inflação próxima a 6 por cento. A previsão do resto do mercado para a Selic é um pouco maior, de 10 por cento.
A previsão de economistas ouvidos semanalmente pelo BC para o relatório Focus é de que o crescimento em 2011 será de 3,16 por cento e em 2012 subirá a 3,50 por cento.
A estimativa do BC é de que o PIB brasileiro cresça 3,5 por cento em 2011.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga em 6 de dezembro o número oficial sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre de 2011.