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É caro para iniciativa privada tomar crédito, diz Afif

O ministro criticou, sutilmente, a política econômica e o modelo de concessão de crédito no país

Guilherme Afif : "hoje só se dá prata a quem tem ouro. Só se empresta para quem tem dinheiro", criticou (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 17h45.

Brasília - Guilherme Afif Domingos, ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, criticou, sutilmente, a política econômica e o modelo de concessão de crédito no País.

Durante discurso no VI Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, em Florianópolis (SC), argumentou que se deu muito crédito para o consumo e pouco ao setor produtivo. "Hoje só se dá prata a quem tem ouro. Só se empresta para quem tem dinheiro", criticou.

Na visão do ministro, é caro e burocrático para a iniciativa privada tomar crédito. "Tivemos democratização do crédito para o consumo e pouco para a produção. Estamos há um ano e meio trabalhando uma agenda para ampliar o crédito para as micro e pequenas empresas. Esse é um grande desafio", disse.

Afif ainda ponderou que a formalização desanima pequenos empresários em função dos custos. Segundo ele, o próprio gerente do banco estimula que o empresário tome crédito como pessoa física porque é mais barato.

"Cerca de 90% do microcrédito, hoje, é dado para pessoa física", afirmou. Ele disse ainda que a legislação tributária e a burocracia levam as empresas a "fazer tudo por fora".

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Brasília - Guilherme Afif Domingos, ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, criticou, sutilmente, a política econômica e o modelo de concessão de crédito no País.

Durante discurso no VI Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, em Florianópolis (SC), argumentou que se deu muito crédito para o consumo e pouco ao setor produtivo. "Hoje só se dá prata a quem tem ouro. Só se empresta para quem tem dinheiro", criticou.

Na visão do ministro, é caro e burocrático para a iniciativa privada tomar crédito. "Tivemos democratização do crédito para o consumo e pouco para a produção. Estamos há um ano e meio trabalhando uma agenda para ampliar o crédito para as micro e pequenas empresas. Esse é um grande desafio", disse.

Afif ainda ponderou que a formalização desanima pequenos empresários em função dos custos. Segundo ele, o próprio gerente do banco estimula que o empresário tome crédito como pessoa física porque é mais barato.

"Cerca de 90% do microcrédito, hoje, é dado para pessoa física", afirmou. Ele disse ainda que a legislação tributária e a burocracia levam as empresas a "fazer tudo por fora".

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