Economia

Dow Jones cai 2% com plano de Obama para bancos

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, pressionados pelo anúncio de um plano da Casa Branca para reduzir o tamanho das instituições financeiras e por preocupações com eventuais apertos monetários na China após o país divulgar que obteve um crescimento econômico de dois dígitos no quarto trimestre. […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, pressionados pelo anúncio de um plano da Casa Branca para reduzir o tamanho das instituições financeiras e por preocupações com eventuais apertos monetários na China após o país divulgar que obteve um crescimento econômico de dois dígitos no quarto trimestre.

O Dow Jones caiu 213,27 pontos, ou 2,01%, para 10.389,88 pontos - declínio mais acentuado em uma única sessão desde 30 de outubro de 2009 -, passando a acumular queda de 0,37% no ano. Entre os componentes que registraram o pior desempenho, estavam JPMorgan (-6,59%) e Bank of America (-6,19%). Ambos foram pressionados pela proposta do presidente dos EUA, Barack Obama, para impor limites ao tamanho das instituições financeiras e impedir que bancos comerciais operem no mercado com recursos próprios e não dos clientes.

A Alcoa, que também faz parte do Dow Jones perdeu 6,4% após dados da China mostrarem um crescimento de 10,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do país durante o quarto trimestre. A informação alimentou receios de que o governo chinês precisará adotar medidas de aperto monetário - como aumento dos juros -, algo que, segundo alguns analistas, pode afetar a demanda por matérias-primas (commodities).

"Tivemos dois impactos negativos hoje", disse Bob Froehlich, diretor-gerente da The Hartford. "As duas coisas que provocam mais reações nos investidores são as coisas que vêm de Washington e as coisas que vêm da China, então foi uma pressão dupla." Ele ressaltou, no entanto, que as restrições aos bancos ainda são "os fundamentos de uma proposta que deve percorrer um longo caminho até se transformar em lei". Segundo Froehlich, "a eleição em Massachusetts mostrou que haverá discussão e debate". Ele avaliou o declínio das ações hoje como uma oportunidade para investidores comprarem papéis de bancos por preços mais baixos.

Quanto aos receios sobre o impacto de um aperto monetário chinês nas empresas ligadas ao segmento de matérias-primas, o executivo-chefe de investimentos e gerente de carteiras da Croft Value Fund, Kent Croft, disse que pode ter ocorrido um exagero do mercado. "Para mim, (um aperto) só ajuda a prolongar um período de crescimento mais estável e, como investidor de longo prazo, prefiro que as coisas sejam assim", disse Croft.

O Nasdaq recuou 25,55 pontos, ou 1,12%, para 2.265,70 pontos, e também passou a ficar no vermelho em relação ao começo do ano, com queda de 0,15%. O S&P 500 perdeu 21,56 pontos, ou 1,89%, para 1.116,48 pontos, mas ainda permanece em território positivo na comparação com o início do ano. As informações são da Dow Jones.

 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Moody’s eleva nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1 e mantém perspectiva positiva

Comércio paulista cresce 14,3% nos primeiros oito meses de 2024

Lista de ‘bets’ regulares está passando por análise criteriosa, diz secretário

Congresso tem de votar lei que indenize passageiro por atraso ou cancelamentos de voo, diz executivo