Dólar cai ante real e beira mínimas desde 1999
Diferença entre a taxa de juros americana e brasileira é uma das causas da enxurrada de dólares no Brasil
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 20h16.
São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, aproximando-se do piso em mais de 12 anos diante do maior apetite por risco no exterior.
A moeda norte-americana caiu 0,57 por cento, a 1,564 real na venda.
"O dólar basicamente está mantendo sua tendência de baixa, e o ambiente melhor no exterior potencializa isso", comentou Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.
Ativos de maior risco - como ações e moedas ligadas a commodities - se valorizavam nesta terça-feira, amparados pelo otimismo com a safra de balanços corporativos nos Estados Unidos, depois que Ford, 3M e United Parcel Service divulgaram resultados acima do esperado.
De acordo com Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o mercado também se mantém atento a notícias da reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano.
O encontro começa nesta sessão e termina na quarta-feira. As atenções deverão se concentrar na coletiva após a divulgação do resultado, primeiro evento do tipo em 97 anos do Fed.
"Enquanto o governo norte-americano continuar com essa política de injetar dinheiro na economia, vamos ter muita liquidez e investidores ávidos por elevados retornos. E com 12 por cento de juros ao ano o Brasil é um paraíso para eles", disse galhardo.
Profissionais do mercado vêm apontando que o spread entre o juro dos EUA, perto de zero, e o brasileiro, em 12 por cento ao ano, é um dos responsáveis pela enxurrada de dólares que tem ingressado ao país apenas em 2011.
Segundo dados do Banco Central divulgados pela manhã, o fluxo cambial estava positivo em 133 milhões de dólares em abril até o dia 20. Os bancos detinham posição vendida em dólar, no mercado à vista, em 13,258 bilhões de dólares.
Galhardo lembrou também que o dólar pode experimentar novas quedas ao longo da semana devido a ajustes no mercado típicos de final de mês. Segundo ele, a formação da última Ptax do mês na sexta-feira deve novamente ser orientada pelos "vendidos" (investidores que apostam na baixa do dólar), podendo levar a cotação a novas mínimas.
A Ptax é a taxa média ponderada do dólar, usada como referência para a liquidação de contratos futuros e outros derivativos.
São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, aproximando-se do piso em mais de 12 anos diante do maior apetite por risco no exterior.
A moeda norte-americana caiu 0,57 por cento, a 1,564 real na venda.
"O dólar basicamente está mantendo sua tendência de baixa, e o ambiente melhor no exterior potencializa isso", comentou Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.
Ativos de maior risco - como ações e moedas ligadas a commodities - se valorizavam nesta terça-feira, amparados pelo otimismo com a safra de balanços corporativos nos Estados Unidos, depois que Ford, 3M e United Parcel Service divulgaram resultados acima do esperado.
De acordo com Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o mercado também se mantém atento a notícias da reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano.
O encontro começa nesta sessão e termina na quarta-feira. As atenções deverão se concentrar na coletiva após a divulgação do resultado, primeiro evento do tipo em 97 anos do Fed.
"Enquanto o governo norte-americano continuar com essa política de injetar dinheiro na economia, vamos ter muita liquidez e investidores ávidos por elevados retornos. E com 12 por cento de juros ao ano o Brasil é um paraíso para eles", disse galhardo.
Profissionais do mercado vêm apontando que o spread entre o juro dos EUA, perto de zero, e o brasileiro, em 12 por cento ao ano, é um dos responsáveis pela enxurrada de dólares que tem ingressado ao país apenas em 2011.
Segundo dados do Banco Central divulgados pela manhã, o fluxo cambial estava positivo em 133 milhões de dólares em abril até o dia 20. Os bancos detinham posição vendida em dólar, no mercado à vista, em 13,258 bilhões de dólares.
Galhardo lembrou também que o dólar pode experimentar novas quedas ao longo da semana devido a ajustes no mercado típicos de final de mês. Segundo ele, a formação da última Ptax do mês na sexta-feira deve novamente ser orientada pelos "vendidos" (investidores que apostam na baixa do dólar), podendo levar a cotação a novas mínimas.
A Ptax é a taxa média ponderada do dólar, usada como referência para a liquidação de contratos futuros e outros derivativos.