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Do lado da oferta de crédito, condições estão dadas, diz diretor do BC

Otavio Damaso reconheceu, no entanto, que existe uma dificuldade entre as instituições financeiras em conceder crédito para pessoas jurídicas

Banco Central: recentemente, instituição editou norma que permite que pessoa que recebe o salário em um banco possa fazer a portabilidade dos recursos para outro de forma simples (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 19h49.

Brasília - O diretor de Regulação do Banco Central, Otavio Ribeiro Damaso, afirmou nesta terça-feira, 5, que, pelo lado da oferta, todas as condições estão dadas para a recuperação do crédito no Brasil. "Não há problema de capital, de falta de liquidez ou funding", disse, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Ele reconheceu, no entanto, que existe uma dificuldade entre as instituições financeiras em conceder crédito para pessoas jurídicas. "O problema no crédito é de ambiente de negócios, reflexo dos anos que passamos", afirmou, em referência aos anos de crise e recessão, quando as instituições financeiras se tornaram mais seletivas na liberação de crédito.

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Portabilidade de salários

Damaso afirmou que as instituições financeiras ficaram "iradas" com a regulamentação da portabilidade de salários . Recentemente, o BC editou norma que permite que uma pessoa que recebe o salário em um banco possa fazer a portabilidade dos recursos para outro banco, de forma simples.

"Sou funcionário do BC, recebo por um banco, mas quero receber por outro banco", exemplificou Damaso, ao explicar a portabilidade. "A portabilidade de salário é um grande incentivo à concorrência bancária."

Pagamentos instantâneos

Damaso afirmou ainda que está surgindo uma "nova onda" de pagamentos instantâneos. O Banco Central , segundo ele, já está discutindo com a indústria o funcionamento desta área.

Outro ponto citado por Damaso diz respeito a "garantias guarda-chuvas". "Eu quero ter crédito com instituição específica. Dou o imóvel em garantia e este imóvel está alienado", exemplificou. "O que queremos discutir com o Congresso é (a possibilidade de) dar uma flexibilidade a essa garantia, para que ela não fique presa sempre a um banco."

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