Dilma quer o crescimento de 4% no seu primeiro ano de governo (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2011 às 13h05.
Brasília - O governo federal vai se esforçar para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chegar a 4% neste ano, disse hoje a presidente Dilma Rousseff, antes de discursar em evento sobre gestão de compras governamentais em Brasília. "Esses mecanismos de revisão são absolutamente normais. Tanto se revisa pra baixo, como pra cima. Vamos fazer um esforço pra chegar a 4%, 4% e pouco", disse a presidente.
"Temos de ficar sempre alertas ao desaquecimento ou ao superaquecimento. Queremos o Brasil crescendo a taxas que sejam compatíveis com a nossa economia, o que significa taxas que levem em conta a inflação, e taxas compatíveis com a necessidade de geração de emprego, renda. Não temos no Brasil nenhum dos princípios que estão regendo as economias desenvolvidas, que é recessão."
Dilma destacou medidas de redução de impostos, como o Supersimples, e observou que "não temos um quadro de restrição de consumo no Brasil", em referência aos países em crise. Na opinião da presidente, é "impossível" que o Brasil sofra uma crise nos mesmos moldes da que ocorre nos Estados Unidos e na zona do euro. "Temos todos os instrumentos no Brasil para diminuir o impacto da crise sobre nós", disse.
Crise da dívida
Dilma disse que o Brasil está sempre disposto a participar de qualquer esforço internacional e acrescentou que não acredita ser "necessário" usar o Fundo Soberano do Brasil (FSB) para conter os efeitos da crise financeira por aqui. "Na zona do euro, é necessário agilizar as formas de resgate. O Brasil estará sempre disposto a participar de qualquer esforço internacional", disse.
Na opinião da presidente, a crise financeira não se deve apenas a uma questão de recursos, mas à falta de decisão política. "Não acredito que é só uma questão de recursos, pode ser talvez um aporte que todos os países resolvam fazer para o Fundo Monetário, mas não acho que o problema é falta de dinheiro. O problema é falta de decisão política", disse Dilma.