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Dilma afirma que está pronta para agir para conter o dólar

Presidente reforçou discurso do presidente do Bacen, Alexandre Tombini, e disse que poderá utilizar reservar para reequilibrar o mercado

Dilma Rousseff: reforço do discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2015 às 11h49.

Nova York - Depois de uma semana marcada por intensa volatilidade cambial, quando a cotação do dólar chegou a ultrapassar a fronteira dos R$ 4, a presidente Dilma Rousseff admitiu ontem, 26, em Nova York, que há grande preocupação a respeito da disparada do mercado de câmbio e disse que o governo está "pronto para agir".

Reforçando o discurso do presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, Dilma afirmou que o País dispõe de reservas, atualmente de um pouco mais de US$ 370 bilhões, que também podem ser utilizadas para reequilibrar o mercado.

"A questão do dólar é algo que o Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma ‘disruptura’ por conta do dólar. Estamos extremamente preocupados, porque há empresas endividadas em dólar", disse Dilma, após participar de reunião com G-4, grupo formado por Alemanha, Japão, Índia e Brasil e que defende mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Indagada pelos jornalistas, após a entrevista em que discorreu sobre o atual problema mundial de segurança e o drama dos refugiados ao redor do mundo, a presidente reconheceu o problema do endividamento das empresas brasileiras.

Sem considerar qualquer novo empréstimo que tenha sido tomado desde junho último, a escalada do dólar neste terceiro trimestre já representa uma elevação de 30% no endividamento das companhias.

Somente para a Petrobras, a alta da moeda norte-americano elevou o endividamento total para mais de R$ 500 bilhões, ou cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

A presidente declarou que o governo está pronto para agir, por meio do BC. E afirmou também que o governo "terá posição bem clara e firme" em relação às oscilações do dólar, "como foi essa que o Banco Central teve ao longo da semana".

Descontrole

O dólar chegou a superar a marca de R$ 4,24 ao longo dos negócios na última quinta-feira, em máxima histórica desde a criação do Plano Real, em 1994.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, declarou no mesmo dia que a autoridade monetária poderia agir e citou o uso de reservas, o que acalmou o mercado. "As reservas podem e devem ser utilizadas", frisou o presidente do BC, classificando essa poupança na moeda americana como um "seguro" para a economia brasileira.

Depois da intervenção de Tombini, numa participação inédita e de surpresa durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, e de atuações conjuntas do Banco Central, com leilões cambiais, e do Tesouro Nacional, com venda de títulos, a cotação do dólar recuou, fechando a semana um pouco abaixo de R$ 4.

Na sexta-feira, 25, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também reafirmou que o uso das reservas internacionais para conter a disparada da moeda americana é uma "possibilidade", que também situou como uma última linha de defesa em períodos de turbulência. "O Brasil está todo protegido", afirmou o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Nova York - Depois de uma semana marcada por intensa volatilidade cambial, quando a cotação do dólar chegou a ultrapassar a fronteira dos R$ 4, a presidente Dilma Rousseff admitiu ontem, 26, em Nova York, que há grande preocupação a respeito da disparada do mercado de câmbio e disse que o governo está "pronto para agir".

Reforçando o discurso do presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, Dilma afirmou que o País dispõe de reservas, atualmente de um pouco mais de US$ 370 bilhões, que também podem ser utilizadas para reequilibrar o mercado.

"A questão do dólar é algo que o Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma ‘disruptura’ por conta do dólar. Estamos extremamente preocupados, porque há empresas endividadas em dólar", disse Dilma, após participar de reunião com G-4, grupo formado por Alemanha, Japão, Índia e Brasil e que defende mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Indagada pelos jornalistas, após a entrevista em que discorreu sobre o atual problema mundial de segurança e o drama dos refugiados ao redor do mundo, a presidente reconheceu o problema do endividamento das empresas brasileiras.

Sem considerar qualquer novo empréstimo que tenha sido tomado desde junho último, a escalada do dólar neste terceiro trimestre já representa uma elevação de 30% no endividamento das companhias.

Somente para a Petrobras, a alta da moeda norte-americano elevou o endividamento total para mais de R$ 500 bilhões, ou cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

A presidente declarou que o governo está pronto para agir, por meio do BC. E afirmou também que o governo "terá posição bem clara e firme" em relação às oscilações do dólar, "como foi essa que o Banco Central teve ao longo da semana".

Descontrole

O dólar chegou a superar a marca de R$ 4,24 ao longo dos negócios na última quinta-feira, em máxima histórica desde a criação do Plano Real, em 1994.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, declarou no mesmo dia que a autoridade monetária poderia agir e citou o uso de reservas, o que acalmou o mercado. "As reservas podem e devem ser utilizadas", frisou o presidente do BC, classificando essa poupança na moeda americana como um "seguro" para a economia brasileira.

Depois da intervenção de Tombini, numa participação inédita e de surpresa durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, e de atuações conjuntas do Banco Central, com leilões cambiais, e do Tesouro Nacional, com venda de títulos, a cotação do dólar recuou, fechando a semana um pouco abaixo de R$ 4.

Na sexta-feira, 25, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também reafirmou que o uso das reservas internacionais para conter a disparada da moeda americana é uma "possibilidade", que também situou como uma última linha de defesa em períodos de turbulência. "O Brasil está todo protegido", afirmou o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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