"Para mim sempre foi o objetivo manter a Grécia na zona do euro", declarou Jeroen Dijsselbloem (John Thys/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 15h56.
Bruxelas - O recém reeleito presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou nesta segunda-feira que a negociação do terceiro programa de resgate financeiro para a Grécia deve durar quatro semanas, e antecipou que são esperadas teleconferências do Eurogrupo (fórum informal de ministros de Economia e Finanças da zona do euro) para esta mesma semana.
"Levará tempo para negociar (o resgate), pedimos às instituições (credoras) que o façam o mais rápido possível, mas acho que estará mais perto de quatro semanas do que de duas", afirmou Dijsselbloem ao término de um breve Eurogrupo realizado hoje em Bruxelas.
O também ministro holandês explicou que assim que o parlamento grego votar as medidas mais urgentes, na quarta-feira, as instituições informarão ao Eurogrupo se houve sucesso, e este fórum realizará uma teleconferência no mesmo dia ou na quinta-feira de manhã, e outra no final de semana para tomar a decisão formal.
Dijsselbloem explicou que na reunião do Eurogrupo de hoje foram discutidas "possibilidades de financiamento ponte, o calendário e os passos a serem dados nos próximos dias e semanas".
O também ministro holandês de Finanças explicou que a longa cúpula dos líderes do euro, que começou no sábado à tarde e acabou na manhã de hoje, houve "negociações muito intensas".
"No centro de tudo esteve a questão da confiança", reconheceu, acrescentando que nos últimos meses, e em particular por ocasião do referendo do último dia 5, se perdeu muita confiança na Grécia, que ainda precisa ser recuperada.
"Para mim sempre foi o objetivo manter a Grécia na zona do euro, mas tinha que ser feito de maneira crível para a Grécia (...) e para a zona do euro", declarou.