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Dia calmo com pesquisas favoráveis ao mercado

A pesquisa Vox Populi divulgada hoje, com crescimento de Serra e queda de Ciro, deve dar o alento esperado há meses pelo mercado financeiro (leia texto ao lado). Em tempos de calmaria, quando bancos estrangeiros se manifestam confiantes na economia do país e o Banco Central mantém os leilões para financiar exportações, o cenário político […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h37.

A pesquisa Vox Populi divulgada hoje, com crescimento de Serra e queda de Ciro, deve dar o alento esperado há meses pelo mercado financeiro (leia texto ao lado). Em tempos de calmaria, quando bancos estrangeiros se manifestam confiantes na economia do país e o Banco Central mantém os leilões para financiar exportações, o cenário político ganha posição de destaque.

Com menos de uma semana no ar e com audiência total das emissoras de TV de 50%, número abaixo da média da programação normal o horário eleitoral gratuito está supervalorizado pelo mercado. E como mostra o primeiro resultado, José Serra (PSDB/PMDB), aproveitou a chance para recuperar posições nas intenções de votos.

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Mais duas pesquisas (Ibope e Sensus) serão anunciadas a partir de hoje. Foram realizadas entre os dias 23 e 27 deste mês, já sob o andamento dos programas eleitorais. O Lloyds destaca três pontos sobre as pesquisas:

1. José Serra ainda tem pouco a perder. Caso a diferença ceda razoavelmente, se poderá argumentar que sua recuperação será crescente;

2. Somente as pesquisas das próximas duas semanas vão mostrar se o governista ainda tem chances de chegar ao segundo turno;

3. É possível detectar, moderadamente, uma aceitação maior do nome de Ciro Gomes no mercado, depois do anúncio da entrada do economista J. Alexandre Scheinkman à sua equipe econômica;

4. Lula da Silva pode sair praticamente sem "arranhões" na disputa do primeiro turno, que deve centralizar os embates (e ataques mútuos) entre Ciro e Serra.

Indicadores de hoje

Enquanto as pesquisas não saem, o mercado espera a divulgação de um fundamento importante: nota do Banco Central sobre o setor externo referente ao mês de julho. A expectativa do mercado é que o déficit em contas correntes fique entre 800 e 900 milhões de dólares contra 2,07 bilhões registrados no mesmo período em 2001. Caso essa estimativa seja confirmada, o déficit acumulado em 12 meses passará de 18 bilhões de dólares até junho (o equivalente a 3,5% do PIB) para 17 bilhões (perto de 3,3% do PIB). Uma melhora significativa se lembrarmos que há 12 meses o déficit chegava a 5,04% do PIB , diz o Lloyds. O pagamento de juros e a conta turismo vêm colaborando bastante com essa melhora (cerca de 1,27 bilhão entre o primeiro semestre de 2001 e o primeiro semestre de 2002).

Mas o resultado mais favorável vem da balança comercial que até julho ficou 3,76 bilhões de dólares acima do verificado em igual período do ano passado. As necessidades de

financiamento externo do país devem cair por conta da evolução menos desfavorável das contas correntes.

De acordo com informações preliminares do próprio BC, a entrada de investimentos externos diretos teria superado amplamente o déficit em contas correntes em julho. Se assim for, a surpresa será muito positiva, pois até o dia 23 do mês passado o déficit em contas correntes era da ordem de 800 milhões de dólares e os investimentos externos somavam 500 milhões.

O Banco Central anunciou que deverá leiloar esta semana, cerca de US$ 100 milhões por dia de linhas comerciais. Ontem, o Banco Central (BC) realizou dois leilões de linha de exportação, com prazo de 180 dias. No primeiro leilão, o BC ofertou US$ 100 milhões, sendo que aceitou propostas

para US$ 85 milhões de uma demanda de US$ 196 milhões, à taxa de juros de 4,81%. O segundo leilão, no valor de US$ 15 milhões, aceitou propostas para o mesmo valor, dada a demanda de US$ 38,5 milhões, à taxa de 4,3%. Até o momento, o BC ofereceu US$ 300 milhões em linhas de exportação com prazo de 180 dias.

Nos Estados Unidos, serão divulgados os pedidos de bens duráveis (julho) e o índice de confiança do consumidor (agosto).

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