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Desemprego tem nova aceleração em SP, diz Seade-Dieese

A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo registrou pequena oscilação positiva, passando de 18,1%, em julho, para 18,3% em agosto, após apresentar declínio nos três meses anteriores. O contingente de desempregados na região foi estimado em 1.736.000 pessoas. Segundo o Dieese, a taxa global de participação praticamente não variou entre julho […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo registrou pequena oscilação positiva, passando de 18,1%, em julho, para 18,3% em agosto, após apresentar declínio nos três meses anteriores. O contingente de desempregados na região foi estimado em 1.736.000 pessoas.

Segundo o Dieese, a taxa global de participação praticamente não variou entre julho e agosto (de 63,7%, para 63,9%, respectivamente), o que indicou a entrada de 38.000 pessoas no mercado de trabalho. Como o ritmo de geração de postos de trabalho (12.000) foi inferior à ampliação da PEA, houve um acréscimo de 26.000 pessoas no contingente de desempregados.

De acordo com o tipo de desemprego, verificou-se comportamento diferenciado: ligeiro crescimento da taxa de desemprego aberto, que passou de 11,5%, em julho, para 11,8%, em agosto, e pequena oscilação da taxa de desemprego oculto, de 6,6% para 6,5%, no mesmo período. Os respectivos contingentes foram estimados em 1.119.000 e 617.000 pessoas.

Por atributos pessoais, deve-se mencionar que a taxa de desemprego dos segmentos mais importantes do mercado de trabalho tenderam ao decréscimo: a dos chefes no domicílio (2,8%) e dos grupos das pessoas com mais de 18 anos de idade, cujas taxas oscilaram negativamente. No sentido contrário, destacam-se as crianças (de 10 a 14 anos) e os adolescentes (de 15 a 17 anos), que apresentaram aumento desse indicador.

Ainda no mesmo período, segundo atributos pessoais, observou-se expansão do desemprego para a maioria das parcelas da população analisadas, sendo mais intensa entre as pessoas de 40 anos e mais (11,3%), os homens (7,5%), as pessoas com experiência anterior de trabalho (6,7%) e os chefes de domicílio (6,0%).

Entre junho e julho de 2002, houve diminuição praticamente generalizada da taxa de desemprego entre as regiões metropolitanas em que a PED é realizada e cujos dados estão disponíveis, exceto a de Porto Alegre que ficou estável. Confrontado com julho de 2001, esse indicador aumentou em Porto Alegre e São Paulo, e diminuiu em Belo Horizonte, Salvador e Recife.

Em agosto, o nível de ocupação na Região Metropolitana de São Paulo manteve-se relativamente estável (0,2%), após quatro meses consecutivos de aumento. O contingente de ocupados foi estimado em 7.749.000 pessoas.

Houve a criação de 15.000 novos postos de trabalho assalariados no mês de agosto, apesar da diminuição do emprego público (22.000). No segmento privado, 38.000 novos assalariados foram contratados, sendo 20.000 com carteira assinada e 18.000 sem carteira. Entre o total de trabalhadores autônomos, verificou-se relativa estabilidade (3.000).

Após apresentar estabilidade por dois meses consecutivos, o rendimento médio real dos ocupados diminuiu 2,9%, passando para R$ 831 em julho. O salário médio, que se manteve praticamente inalterado em junho, também registrou declínio (1,5%), atingindo R$ 878 no mês em análise.

A massa de rendimentos dos ocupados, interrompendo a trajetória de crescimento dos três meses anteriores, registrou decréscimo de 1,7%, em julho, devido à expressiva retração do rendimento médio, não compensada pelo aumento da ocupação. Já a dos assalariados permaneceu estável, após três meses em ascensão, pois o declínio do salário médio foi contrabalançado pela ampliação do emprego.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve diminuição tanto da massa de rendimentos (8,9%) quanto da de salários (6,9%), em decorrência dos fortes declínios do rendimento médio, uma vez que o nível de ocupação e o de emprego apresentou resultado positivo.

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