Desemprego na Espanha é 5 vezes maior que na Alemanha
Alemães tem o menor desemprego desde a reunificação enquanto metade dos jovens espanhóis que procuram emprego não encontram
João Pedro Caleiro
Publicado em 1 de abril de 2015 às 17h18.
São Paulo - O desemprego está começando a ceder lentamente na Europa , de acordo com os dados divulgados hoje pela Eurostat.
Comparado a um ano atrás, a taxa de quem procura e não encontra emprego caiu em 22 dos 28 países-membros em fevereiro.
Mas nem todo mundo está se beneficiando igualmente. O desemprego é quase 5 vezes maior em países como Espanha do que em outros como Áustria e Alemanha .
Os alemães, aliás, não veem um desemprego tão baixo desde que o país se reunificou em 1990 após a queda do muro de Berlim. Já em Portugal, por exemplo, a taxa voltou a subir.
A Grécia é um caso à parte: além de ter vivido o que pode ter sido a maior crise econômica da história moderna, o país está envolvido em negociações difíceis com seus credores e corre sério risco de sair da zona do euro.
Veja quais são os 2 maiores e os 2 menores desempregos do bloco:
Desemprego | fev/14 | fev/15 |
---|---|---|
Alemanha | 5,1% | 4,8% |
Áustria | 5,6% | 5,3% |
Grécia | 27,3% (dez/13) | 26% (dez/14) |
Espanha | 25,2% | 23,2% |
Em países como Irlanda, a recuperação é surpreendente: ninguém na União Europeia cresce tanto. Em outros, como a Croácia, o governo ainda busca formas criativas de disparar uma retomada.
Veja quais foram os 3 maiores aumentos e as 3 maiores quedas anuais do desemprego:
Desemprego | fev/14 | fev/15 |
---|---|---|
Estônia | 8,4% (jan) | 6,2% (jan) |
Irlanda | 12,1% | 9,9% |
Bulgária | 12,3% | 10,2% |
Croácia | 17,3% | 18,5% |
Chipre | 15,6% | 16,3% |
Finlândia | 8,4% | 9,1% |
Os jovens, em especial, são muito afetados, com taxas de desemprego até 3 vezes maiores que a da população em geral. Em alguns países, metade dos jovens que procuram emprego não encontram.
O comunicado oficial coloca os números em perspectiva: "isso não significa necessariamente que o grupo de desempregados nesta faixa é alto, já que muitos jovens estudam em tempo integral e não estão trabalhando ou procurando emprego".
Veja algumas taxas de desemprego entre os jovens:
Desemprego (15 a 24 anos) | fev/14 | fev/15 |
---|---|---|
Espanha | 54,0% | 50,7% |
Itália | 42,5% | 42,6% |
França | 23,7% | 24,7% |
Alemanha | 7,9% | 7,2% |
Dinamarca | 13,5% | 10,2% |
Holanda | 13,8% | 11,0% |
Apesar do mercado de trabalho ainda em situação difícil, a Europa tem visto uma maré de boas notícias recentemente. A atividade empresarial cresce mais do que o esperado, a confiança voltou e algumas previsões de crescimento estão sendo revistas para cima.
Grande parte da recuperação tem origem externa. A queda do euro, em especial, dá um impulso especial para a competitividade das exportações e gera saldo recorde na balança comercial. O declínio dos preços de petróleo é outra folga para o bloco, um importador de energia.
Na semana passada, o banco de investimento francês Natixis divulgou um relatório com o seguinte título: “Tudo de que a zona do euro é capaz é de 'roubar' seu crescimento dos outros.”
São Paulo - O desemprego está começando a ceder lentamente na Europa , de acordo com os dados divulgados hoje pela Eurostat.
Comparado a um ano atrás, a taxa de quem procura e não encontra emprego caiu em 22 dos 28 países-membros em fevereiro.
Mas nem todo mundo está se beneficiando igualmente. O desemprego é quase 5 vezes maior em países como Espanha do que em outros como Áustria e Alemanha .
Os alemães, aliás, não veem um desemprego tão baixo desde que o país se reunificou em 1990 após a queda do muro de Berlim. Já em Portugal, por exemplo, a taxa voltou a subir.
A Grécia é um caso à parte: além de ter vivido o que pode ter sido a maior crise econômica da história moderna, o país está envolvido em negociações difíceis com seus credores e corre sério risco de sair da zona do euro.
Veja quais são os 2 maiores e os 2 menores desempregos do bloco:
Desemprego | fev/14 | fev/15 |
---|---|---|
Alemanha | 5,1% | 4,8% |
Áustria | 5,6% | 5,3% |
Grécia | 27,3% (dez/13) | 26% (dez/14) |
Espanha | 25,2% | 23,2% |
Em países como Irlanda, a recuperação é surpreendente: ninguém na União Europeia cresce tanto. Em outros, como a Croácia, o governo ainda busca formas criativas de disparar uma retomada.
Veja quais foram os 3 maiores aumentos e as 3 maiores quedas anuais do desemprego:
Desemprego | fev/14 | fev/15 |
---|---|---|
Estônia | 8,4% (jan) | 6,2% (jan) |
Irlanda | 12,1% | 9,9% |
Bulgária | 12,3% | 10,2% |
Croácia | 17,3% | 18,5% |
Chipre | 15,6% | 16,3% |
Finlândia | 8,4% | 9,1% |
Os jovens, em especial, são muito afetados, com taxas de desemprego até 3 vezes maiores que a da população em geral. Em alguns países, metade dos jovens que procuram emprego não encontram.
O comunicado oficial coloca os números em perspectiva: "isso não significa necessariamente que o grupo de desempregados nesta faixa é alto, já que muitos jovens estudam em tempo integral e não estão trabalhando ou procurando emprego".
Veja algumas taxas de desemprego entre os jovens:
Desemprego (15 a 24 anos) | fev/14 | fev/15 |
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Espanha | 54,0% | 50,7% |
Itália | 42,5% | 42,6% |
França | 23,7% | 24,7% |
Alemanha | 7,9% | 7,2% |
Dinamarca | 13,5% | 10,2% |
Holanda | 13,8% | 11,0% |
Apesar do mercado de trabalho ainda em situação difícil, a Europa tem visto uma maré de boas notícias recentemente. A atividade empresarial cresce mais do que o esperado, a confiança voltou e algumas previsões de crescimento estão sendo revistas para cima.
Grande parte da recuperação tem origem externa. A queda do euro, em especial, dá um impulso especial para a competitividade das exportações e gera saldo recorde na balança comercial. O declínio dos preços de petróleo é outra folga para o bloco, um importador de energia.
Na semana passada, o banco de investimento francês Natixis divulgou um relatório com o seguinte título: “Tudo de que a zona do euro é capaz é de 'roubar' seu crescimento dos outros.”