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Desemprego cai para 7,7% no terceiro trimestre; número de pessoas ocupadas atinge recorde

É a menor taxa para um trimestre desde fevereiro de 2015, quando a taxa foi de 7,5%

Desemprego: número de ocupados chegou ao maior patamar (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 31 de outubro de 2023 às 09h14.

Última atualização em 31 de outubro de 2023 às 09h46.

A taxa de desemprego ficou em 7,7% no terceiro trimestre de 2023. O resultado representa uma redução de 0,4% em relação aostrês meses anteriores.É a menor taxa para um trimestre desde fevereiro de 2015, quando a taxa foi de 7,5%. A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 7,7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 31 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa um recorde de histórico de trabalhadores ocupados e o patamar mais baixo de desemprego desde 2012. O número de desempregadosrecuou e chegou a 8,3 milhões de pessoas, enquanto o número de ocupados chegou a 99,8 milhões de pessoas.“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

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O grande responsável pelo resultado foi o aumento de trabalho formal no país. O número de pessoas empregadas com carteira assinada no setor privado subiu 1,6%, e chegou a37,4 milhões de trabalhadores. Essa foi a única categoria investigada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo. As demais permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dessa categoria foi de 1,1 milhão de pessoas (3,0%).

“Em relação ao trimestre móvel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal”, destaca Beringuy.

No trimestre, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais. A taxa de informalidade chegou a 39,1% do total de ocupados, o que representa estabilidade frente ao trimestre encerrado em junho. Ao todo, foram estimados 39 milhões de trabalhadores informais no país.

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