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Demanda interna contribuiu menos para crescimento do país

A demanda interna contribuiu com 0,1 ponto porcentual para o PIB

Compras: o consumo das famílias deu uma contribuição de 0,6 ponto porcentual para o PIB (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 13h19.

Rio de Janeiro - A demanda interna contribuiu com 0,1 ponto porcentual para o crescimento do País, um desempenho bem mais fraco que o do ano anterior.

O consumo das famílias deu uma contribuição de 0,6 ponto porcentual para o Produto Interno Bruto ( PIB ), enquanto o consumo do governo influenciou com 0,3 ponto porcentual. Já a formação bruta de capital fixo tirou 0,7 ponto porcentual do PIB.

Em 2013 a contribuição foi da demanda interna para o crescimento de 2,7% da economia fora de 3,5 ponto porcentual, puxada pelo consumo das famílias (1,8 p.p) e também pelo investimento (1,3 p.p).

Em 2014 o crédito pesou no menor crescimento e contribuição do consumo das famílias.

Já o setor externo teve contribuição zero para o crescimento econômico em 2014, após um desempenho negativo em 2013 (-0,8 p.p).

"Em 2014 os investimentos contribuíram negativamente (para o PIB) e o setor externo com nada", disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Famílias

No quarto trimestre de 2014, a alta de 1,1% no consumo das famílias em relação ao trimestre imediatamente anterior foi o que salvou o PIB brasileiro de um resultado negativo. A alta no PIB no período foi de 0,3%. Os números foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

"O investimento teve taxas negativas nos quatro trimestres de 2014. A gente vai ver que a maior contribuição negativa para o PIB veio do investimento", apontou Rebeca Palis.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 0,4% no período, enquanto o consumo do governo diminuiu 0,6%.

O avanço nos gastos das famílias em relação ao terceiro trimestre do ano passado beneficiou ainda a expansão de serviços, mas a alta do PIB do setor foi limitada pelo recuo da demanda empresarial.

"Tem vários serviços que vão direto para atender o consumo das famílias. Mas tem outros vários que não são, que vão atender empresas, e até eventualmente são exportados. Então tem que olhar mais por dentro dos serviços para entender o que é consumo das famílias", explicou Rebeca.

Entre as atividades econômicas, serviços de informação e outros serviços estão entre os beneficiados. A alta de outros serviços foi de 1,0% no quarto trimestre ante o trimestre anterior, enquanto serviços de informação avançaram 1,4%.

"Outros serviços vai muito para as famílias, e cresceu bem em linha com a despesa do consumo das famílias. Os serviços de informação também, a parte de internet e comunicação também tem bastante consumo das famílias", disse a coordenadora do IBGE.

No caso da atividade de transportes, a estabilidade no trimestre (0,0%) é explicada pelo comportamento negativo do setor de carga, embora o transporte de passageiros tenha registrado aumento.

"Transporte tem uma parte grande que é de passageiro, mas tem transporte de carga que é altíssimo, e isso não tem nada a ver com consumo das famílias. O que puxou para cima foi transporte de passageiros", completou Rebeca.

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Rio de Janeiro - A demanda interna contribuiu com 0,1 ponto porcentual para o crescimento do País, um desempenho bem mais fraco que o do ano anterior.

O consumo das famílias deu uma contribuição de 0,6 ponto porcentual para o Produto Interno Bruto ( PIB ), enquanto o consumo do governo influenciou com 0,3 ponto porcentual. Já a formação bruta de capital fixo tirou 0,7 ponto porcentual do PIB.

Em 2013 a contribuição foi da demanda interna para o crescimento de 2,7% da economia fora de 3,5 ponto porcentual, puxada pelo consumo das famílias (1,8 p.p) e também pelo investimento (1,3 p.p).

Em 2014 o crédito pesou no menor crescimento e contribuição do consumo das famílias.

Já o setor externo teve contribuição zero para o crescimento econômico em 2014, após um desempenho negativo em 2013 (-0,8 p.p).

"Em 2014 os investimentos contribuíram negativamente (para o PIB) e o setor externo com nada", disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Famílias

No quarto trimestre de 2014, a alta de 1,1% no consumo das famílias em relação ao trimestre imediatamente anterior foi o que salvou o PIB brasileiro de um resultado negativo. A alta no PIB no período foi de 0,3%. Os números foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

"O investimento teve taxas negativas nos quatro trimestres de 2014. A gente vai ver que a maior contribuição negativa para o PIB veio do investimento", apontou Rebeca Palis.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 0,4% no período, enquanto o consumo do governo diminuiu 0,6%.

O avanço nos gastos das famílias em relação ao terceiro trimestre do ano passado beneficiou ainda a expansão de serviços, mas a alta do PIB do setor foi limitada pelo recuo da demanda empresarial.

"Tem vários serviços que vão direto para atender o consumo das famílias. Mas tem outros vários que não são, que vão atender empresas, e até eventualmente são exportados. Então tem que olhar mais por dentro dos serviços para entender o que é consumo das famílias", explicou Rebeca.

Entre as atividades econômicas, serviços de informação e outros serviços estão entre os beneficiados. A alta de outros serviços foi de 1,0% no quarto trimestre ante o trimestre anterior, enquanto serviços de informação avançaram 1,4%.

"Outros serviços vai muito para as famílias, e cresceu bem em linha com a despesa do consumo das famílias. Os serviços de informação também, a parte de internet e comunicação também tem bastante consumo das famílias", disse a coordenadora do IBGE.

No caso da atividade de transportes, a estabilidade no trimestre (0,0%) é explicada pelo comportamento negativo do setor de carga, embora o transporte de passageiros tenha registrado aumento.

"Transporte tem uma parte grande que é de passageiro, mas tem transporte de carga que é altíssimo, e isso não tem nada a ver com consumo das famílias. O que puxou para cima foi transporte de passageiros", completou Rebeca.

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