Crédito caro deve afetar investimentos e frear economia
Governo cortou em 10,4% a estimativa de receitas disponíveis para as empresas estatais para 2015; a maior prejudicada deverá ser a Eletrobrás
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Dinheiro: governo decidiu reduzir os aportes do Tesouro Nacional no BNDES (Marcos Santos/USP Imagens)
Publicado em 4 de janeiro de 2015 às, 09h13.
Brasília - O cenário econômico adverso que o governo enfrentará este ano ganhou no penúltimo dia de 2014 mais um elemento complicador: o próprio governo cortou em 10,4% a estimativa de receitas disponíveis para as empresas estatais para este ano.
O motivo, segundo o Ministério do Planejamento, foi uma "menor previsão de captação pelos bancos". Os recursos vão escassear, informou, por causa da anunciada decisão federal de reduzir os aportes do Tesouro Nacional no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E isso deve significar, no final das contas, menos investimentos.
Os números mostram que uma grande prejudicada com esse processo será a Eletrobrás, que terá uma redução de recursos de 14,7% em razão da queda nos financiamentos. Com isso, gastará 6,7% abaixo do ano passado, embora a holding e suas controladas sejam sócias de empreendimentos importantes em construção.
O dado confirma a intenção do governo de desidratar a ação do BNDES a partir deste ano, como anunciou o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, assim que foi confirmado no posto. As outras estatais também não escaparão do cenário de crédito escasso, além de mais caro. Em meados de dezembro, o governo elevou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 5% para 5,5%, após dois anos de estabilidade. E novos aumentos virão.
Essa deverá ser uma dificuldade a mais para o já complexo quadro econômico em 2015. Os investimentos terão dificuldade de desempenhar seu papel de puxar o Produto Interno Bruto (PIB), como pregou a presidente Dilma Rousseff, em seu discurso de posse, no Congresso. A presidente também apontou o ajuste nas contas públicas, o aumento da poupança interna e a elevação da produtividade como fatores mais relevantes para o País voltar a crescer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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