Economia

Credibilidade é o único fator que pode afetar rolagem da dívida, avalia CSFB

Investidores estrangeiros mostram cada vez mais preocupação com a capacidade de o Brasil rolar a sua dívida pública no curtíssimo prazo, independentemente do resultado das eleições. "Esta preocupação é excessiva e não fundamentada, dada a ampla margem de manobra na rolagem da dívida no curto prazo", afirma o CSFB (Credit Suisse First Boston), em sua […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

Investidores estrangeiros mostram cada vez mais preocupação com a capacidade de o Brasil rolar a sua dívida pública no curtíssimo prazo, independentemente do resultado das eleições. "Esta preocupação é excessiva e não fundamentada, dada a ampla margem de manobra na rolagem da dívida no curto prazo", afirma o CSFB (Credit Suisse First Boston), em sua análise sobre o Brasil.

Para o banco, "se o novo governo obtiver a confiança de investidores, esta margem de manobra se estenderá também a 2003, apesar de um cronograma mais concentrado de amortizações." A conclusão do banco é que a confiança no futuro da economia é mais importante que o perfil da dívida.

Em relação a divida externa, o perfil de amortização e serviço chegam a US$ 7,9 bilhões neste ano. Para 2003, segundo o banco, este valor deve chegar a US$ 9,8 bilhões. Desse total, o Brasil já pagou US$ 3,6 bilhões e pré-financiou US$ 3,9 bilhões neste ano. As reservas internacionais brutas do Brasil estão em US$ 43,8 bilhões, incluindo o aporte de cerca de US$ 10 bilhões do FMI, aprovados neste mês. Esses valores mostram que o Brasil tem espaço para rolar a dívida. O banco vê um fator para preocupar o mercado apenas se o BC fizer grandes vendas de dólar para conter a desvalorização do real.

O CSFB acredita que a dívida interna, por outro lado, teria sua rolagem viabilizada até as eleições. Pagamentos de amortização e juros somam R$ 65,7 bilhões entre os meses de julho e outubro. O banco avalia que a rolagem é possível porque há uma folga de caixa de R$ 80 bilhões e há ainda a possibilidade de monetizar a dívida, caso ela vença, e rolar o débito com contratos de compra do overnight do Banco Central. Essa não é uma prática usada recentemente, mas era muito comum até 1994.

O estudo do CSFB especial sobre o Brasil também faz uma análise sobre os últimos eventos políticos e a sucessão presidencial; a produção industrial; a pressão do câmbio sobre os índices de inflação; o aumento da meta do superávit fiscal; a manutenção da política monetária; a dívida pública; e as contas externas.

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