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Investimento deve seguir liderando crescimento, diz Coutinho

Presidente do BNDES participou do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto - Investir para Transformar, em São Paulo

Luciano Coutinho: presidente do BNDES acrescentou que o banco tem mapeado possibilidades de os investimentos crescerem em média 6% ao ano nos próximos anos (Marcos Issa/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 20h46.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho , disse nesta terça-feira, 6, que o Brasil tem fronteiras de investimentos extremamente rentáveis em muitas áreas, como infraestrutura, no agronegócio e na indústria, entre outros. Por isso, segundo ele, não está esgotada no Brasil a capacidade de investimentos.

Coutinho fez esta afirmação ao ser perguntado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se, ao voltarem a defender crédito para o consumo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não estariam sinalizando que a capacidade de investimentos no Brasil já estaria se esgotando.

O presidente do BNDES, que participou do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto - Investir para Transformar, em São Paulo, acrescentou que o banco tem mapeado possibilidades de os investimentos crescerem em média 6% ao ano nos próximos anos.

"Estou falando em uma média porque podem acontecer flutuações. Vai depender de expectativas. Agora, há um consenso no País de que os investimentos devem liderar o crescimento. Inclusive o ministro Guido Mantega tem falado isso nas suas apresentações", disse Coutinho.

"Eu acho que ele (Mantega) estava registrando um outro fato; que houve uma desaceleração muito forte do crédito e ainda não recuperou. Claro que o crédito para o consumo cresceu lá atrás a 20%, 25% ao ano, o que não era sustentável. Mas estas taxas caíram bastante e hoje estão em torno de 6%. Então é comum a maior seletividade, embora os índices de inadimplência tenham caído", explicou, acrescentando imaginar que tenha seja a isso que o ministro deva ter se referido.

Sobre as críticas à política econômica que ficou mais no consumo, Coutinho disse que quem as faz não deve olhar as estatísticas, porque o investimento nos últimos dez anos cresceu muito mais que o consumo, com exceção de dois anos. "De 2004 a 2008 o investimento liderou o ciclo de crescimento, depois houve uma queda forte em 2009 por causa da crise internacional. Em 2012 foi outro ano que o consumo cresceu mais que o investimento. São exceções", disse.

No ano passado, de acordo com Coutinho, o investimento cresceu 6% e o consumo, 3%. "Então o investimento continua crescendo. Agora, obviamente, é preciso que o consumo cresça a um ritmo mais baixo. O investimento tem que liderar o crescimento, mas se o consumo ficar parado, atrapalha o investimento lá na frente", concluiu Coutinho.

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Coutinho fez esta afirmação ao ser perguntado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se, ao voltarem a defender crédito para o consumo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não estariam sinalizando que a capacidade de investimentos no Brasil já estaria se esgotando.

O presidente do BNDES, que participou do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto - Investir para Transformar, em São Paulo, acrescentou que o banco tem mapeado possibilidades de os investimentos crescerem em média 6% ao ano nos próximos anos.

"Estou falando em uma média porque podem acontecer flutuações. Vai depender de expectativas. Agora, há um consenso no País de que os investimentos devem liderar o crescimento. Inclusive o ministro Guido Mantega tem falado isso nas suas apresentações", disse Coutinho.

"Eu acho que ele (Mantega) estava registrando um outro fato; que houve uma desaceleração muito forte do crédito e ainda não recuperou. Claro que o crédito para o consumo cresceu lá atrás a 20%, 25% ao ano, o que não era sustentável. Mas estas taxas caíram bastante e hoje estão em torno de 6%. Então é comum a maior seletividade, embora os índices de inadimplência tenham caído", explicou, acrescentando imaginar que tenha seja a isso que o ministro deva ter se referido.

Sobre as críticas à política econômica que ficou mais no consumo, Coutinho disse que quem as faz não deve olhar as estatísticas, porque o investimento nos últimos dez anos cresceu muito mais que o consumo, com exceção de dois anos. "De 2004 a 2008 o investimento liderou o ciclo de crescimento, depois houve uma queda forte em 2009 por causa da crise internacional. Em 2012 foi outro ano que o consumo cresceu mais que o investimento. São exceções", disse.

No ano passado, de acordo com Coutinho, o investimento cresceu 6% e o consumo, 3%. "Então o investimento continua crescendo. Agora, obviamente, é preciso que o consumo cresça a um ritmo mais baixo. O investimento tem que liderar o crescimento, mas se o consumo ficar parado, atrapalha o investimento lá na frente", concluiu Coutinho.

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