Corte de impostos na indústria automotiva pode viabilizar carros abaixo de R$ 60 mil, diz Anfavea
Redução de impostos na indústria automotiva pode resultar em preços mais baixos para carros, diz presidente da Anfavea
Agência de notícias
Publicado em 25 de maio de 2023 às 14h57.
Última atualização em 25 de maio de 2023 às 15h11.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, afirmou, após reunião no Palácio do Planalto, que o corte de impostos para a indústria automotiva, anunciado nesta quinta-feira, 25, pelo governo,deve tornar possível a venda de carros abaixo de R$ 60 mil, como quer o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo depende da política de preços de cada montadora, disse Leite.
Nesta quinta-feira, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que a União irá promover um desconto por tempo limitado no IPI e PIS/Cofins de automóveis que hoje custam até R$ 120 mil.
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De acordo com o ministro, essa redução vai possibilitar um desconto no valor dos carros que irá variar de 1,5% até 10,79%. Carros acima de R$ 120 mil estão fora do programa.
"Sobre o preço, cada montadora tem sua política. Pelos números que vêm sendo apresentados, é possível termos preços abaixo de R$ 60 mil. Com as reduções tributárias em discussão e o esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos queda nos preços", disse Leite, após a reunião no Palácio do Planalto com Lula, Alckmin, e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).
O presidente da Anfavea avaliou o diálogo com o governo como "bom"
Não há definição sobre a renúncia fiscal que a medida vai acarretar nem o impacto porcentual sobre os impostos.
Os números dependem da duração da medida. Para Leite, é preciso que o corte de impostos dure pelo menos um ano para aumentar a produção e os investimentos da indústria automobilística, que hoje trabalha com 50% de sua capacidade.
"Ao que nos pareceu, o ministro da Fazenda está fazendo as contas para identificar se a validade da medida provisória se dará por um ano, seis meses, dois meses, quatro meses. O tempo é fundamental para falar do tamanho da renúncia", afirmou o presidente da Anfavea a jornalistas. "Em princípio, entendemos que o ministério discute o tempo, não o conceito", acrescentou.
De acordo com Márcio Lima Leite, a redução de impostos vai contemplar os veículos que estão nas concessionárias, sem mudanças tecnológicas nesses carros. A medida ainda tem o potencial de evitar greves ao ajudar na retomada do setor. Também terá bom impacto ambiental, porque a renovação da frota significa uma diminuição nas emissões de gases de efeito estufa. "O carro usado emite 23 vezes mais que o novo", declarou o presidente da Anfavea.