Corrupção contribui para crise na Europa, diz ONG
Três em cada quatro europeus veem a corrupção como um problema crescente em seu país, segundo estudo da Transparência Internacional
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2012 às 11h54.
São Paulo - A corrupção foi um dos fatores que contribuiu para o surgimento da crise na Europa , segundo um relatório apresentado nessa semana pelo grupo anticorrupção Transparência Internacional.
“Por muitos anos, a Europa viu a corrupção como algo que só acontecia nos outros países, especialmente nos que estavam em desenvolvimento”, afirma o relatório. Por isso, a prevenção à corrupção não tem sido uma prioridade política em muitas nações da região, segundo o estudo. Mas três em cada quatro europeus veem a corrupção como um problema crescente em seu país, segundo o relatório.
Alguns países tiveram um progresso anticorrupção desde que integraram a União Europeia , como República Tcheca, Hungria e Eslováquia. Por outro lado, países ao sul como Grécia , Itália, Espanha e Portugal tem sérios problemas de ineficiência e corrupção segundo a Transparência Internacional.
“As relações entre a corrupção e a crise financeira e fiscal nestes países não podem mais ser ignoradas. Aqui, a corrupção, muitas vezes constitui práticas antiéticas mas legais”, diz o relatório. Na Grécia, Itália, Espanha, Irlanda e Romênia, mais de 80% das pessoas acreditam que os partidos políticos são corruptos ou extremamente corruptos.
Grécia ou Dinamarca?
No continente, os países que tem maior proteção com relação a corrupção são Dinamarca, Noruega e Suécia, segundo o estudo, que atribui isso à presença forte de observadores, auditores, sistemas de justiça e um serviço de aplicação de leis. Na Dinamarca, por exemplo, 19% consideram a corrupção um grande problema. Já na Grécia, são 98%.
Entre os países que se destacam na percepção da população de corrupção estão a República Checa, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Espanha. Em Portugal, por exemplo, menos de 5% de todos os processos relatados de corrupção terminam em condenação.
O relatório também mostra uma deficiência na transparência na forma como decisões são tomadas e grupos políticos são fundados. Dentre os 25 países observados, 19 ainda tem que regular atividades de lobby e apenas dez baniram doações políticas escondidas, segundo a Transparência Internacional.
São Paulo - A corrupção foi um dos fatores que contribuiu para o surgimento da crise na Europa , segundo um relatório apresentado nessa semana pelo grupo anticorrupção Transparência Internacional.
“Por muitos anos, a Europa viu a corrupção como algo que só acontecia nos outros países, especialmente nos que estavam em desenvolvimento”, afirma o relatório. Por isso, a prevenção à corrupção não tem sido uma prioridade política em muitas nações da região, segundo o estudo. Mas três em cada quatro europeus veem a corrupção como um problema crescente em seu país, segundo o relatório.
Alguns países tiveram um progresso anticorrupção desde que integraram a União Europeia , como República Tcheca, Hungria e Eslováquia. Por outro lado, países ao sul como Grécia , Itália, Espanha e Portugal tem sérios problemas de ineficiência e corrupção segundo a Transparência Internacional.
“As relações entre a corrupção e a crise financeira e fiscal nestes países não podem mais ser ignoradas. Aqui, a corrupção, muitas vezes constitui práticas antiéticas mas legais”, diz o relatório. Na Grécia, Itália, Espanha, Irlanda e Romênia, mais de 80% das pessoas acreditam que os partidos políticos são corruptos ou extremamente corruptos.
Grécia ou Dinamarca?
No continente, os países que tem maior proteção com relação a corrupção são Dinamarca, Noruega e Suécia, segundo o estudo, que atribui isso à presença forte de observadores, auditores, sistemas de justiça e um serviço de aplicação de leis. Na Dinamarca, por exemplo, 19% consideram a corrupção um grande problema. Já na Grécia, são 98%.
Entre os países que se destacam na percepção da população de corrupção estão a República Checa, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Espanha. Em Portugal, por exemplo, menos de 5% de todos os processos relatados de corrupção terminam em condenação.
O relatório também mostra uma deficiência na transparência na forma como decisões são tomadas e grupos políticos são fundados. Dentre os 25 países observados, 19 ainda tem que regular atividades de lobby e apenas dez baniram doações políticas escondidas, segundo a Transparência Internacional.